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FI
n.º 52
In (Findável)
“Inverno demográfico”?
Não inevitavelmente…
“Portugal tem desde 1982, valores do índice sintético de fecundidade que se situam
abaixo dos níveis de reposição da população (2.1). Esta situação tem conduzido a um
défice demográfico, que a cada ano se agrava e acentua e que gera no país visíveis
consequências.
Estas consequências já visíveis tenderão a agravar-se no curto prazo, gerando no país
insustentabilidade económica e social. Contudo, os portugueses têm manifestado o
desejo de ter mais filhos (Inquérito à Família e Fecundidade, INE). Curiosamente, o
número de filhos necessário para haver reposição da população.
Havendo em Portugal uma forte penalização das famílias, especialmente dos pais
casados com filhos, pretendemos contribuir para a consciencialização desta situação
e pretendemos a sua alteração”.
In Visão da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN)
Segundo a APFN, será possível pôr um fim ao agravamento do nefasto défice demográfico se as
famílias que desejam ter (mais) filhos virem reunidas as condições porventura necessárias para
concretizar a sua vontade e assegurados os desejáveis apoios e incentivos para constituírem uma
família numerosa no contexto atual. Francisco Vilhena da Cunha, da Direção desta Associação,
revela-nos como.
"A quem me pergunta se sou pessimista
ou optimista, respondo que o meu conhecimento
é de pessimista, mas a minha vontade e a
minha esperança são de optimista."
Albert Schweitzer
Francisco Vilhena da Cunha
,
Direção da Associação Portuguesa
das Famílias Numerosas
FI: Considerando que a Visão da APFN referencia, na sua fundamentação,
o Inquérito à Fecundidade, o que lhe sugerem os últimos resultados deste
Inquérito (referente a 2013), disponibilizados recentemente no Portal
do INE?
Francisco Vilhena da Cunha:
Dos últimos resultados do Inquérito à
Fecundidade de 2013, destacamos três aspetos. O primeiro, particular-
mente importante no contexto atual, diz respeito ao número desejado
de filhos.
»
(cont.)