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FI
n.º 52
As opções de fecundidade de homens e mulheres não diferem muito
Os níveis de fecundidade final esperada e desejada dos homens e das
mulheres não são substancialmente diferentes.
Mães comprometem trabalho por assegurarem mais assistência aos filhos do que os pais
Quem se encarrega dos cuidados essenciais dos filhos é fundamentalmente
a mãe, incluindo nas tarefas que mais penalizam as suas obrigações laborais,
como por exemplo: “ficar em casa quando os filhos estão doentes” ou “levar
as crianças ao médico”.
Diferenças na relação de mãe e de pai com o trabalho
A maioria dos homens e das mulheres considera que a opção ideal para o pai é
trabalhar o dia inteiro fora de casa, enquanto para a mãe é trabalhar a tempo parcial
fora de casa ou, simplesmente, não trabalhar.
Não é certo que a fecundidade cresça com o aumento do nível de rendimento
A variação da fecundidade realizada, esperada e desejada não acompanha a variação dos
rendimentos. Com efeito, as pessoas de mais baixo rendimento (1.º decil da distribuição)
já têm, esperam e desejam um número médio de filhos superior aos valores observados
em qualquer outro escalão de rendimentos.
A fecundidade deve contar com medidas públicas de apoio e incentivo
A quase totalidade dos inquiridos defende que a fecundidade deve contar com incentivos
e apoios sistemáticos que se traduzam, em primeiro lugar, num aumento do rendimento
económico (onde se inclui, para as famílias com filhos, uma redução de impostos, um
aumento de subsídios para educação, saúde, habitação e alimentação e um aumento das
deduções fiscais) e, em segundo lugar, na criação de condições mais favoráveis de trabalho
para quem tem filhos (onde se inclui a opção de trabalho a tempo parcial, o alargamento
de períodos de licença de maternidade e de paternidade e uma maior flexibilidade horária
para quem tem crianças pequenas).
a esperança
É possível que a fecundidade em Portugal possa
aumentar no futuro
O número médio de filhos que as pessoas têm é inferior ao que tencionam ou desejam
ter, o que pode traduzir-se na possibilidade de crescimento dos níveis de fecundidade
no futuro.
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(cont.)
