A capacidade de financiamento da economia fixou-se em 1,0% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano terminado no 1º trimestre de 2016, menos 0,1 pontos percentuais (p.p.) do que a observada no trimestre anterior. A poupança bruta aumentou 1,6%, verificando-se um crescimento do Rendimento Disponível Bruto (RDB) da nação (1,0%) ligeiramente superior ao aumento da despesa de consumo final da economia (0,9%). O PIB e o Rendimento Nacional Bruto (RNB) aumentaram 0,9% e 1,2% no 1º trimestre de 2016, respetivamente. O aumento do RNB acima do crescimento do PIB refletiu a melhoria do saldo dos rendimentos de propriedade com o exterior (taxas de variação de 5,4% nos rendimentos recebidos e -0,7% nos rendimentos pagos).
A taxa de poupança das Famílias fixou-se em 3,5%, menos 0,8 p.p. que no trimestre precedente, traduzindo o maior aumento do consumo privado comparativamente ao observado no rendimento disponível (variações de 0,9% e 0,1%, respetivamente). Importa referir que o crescimento significativo do consumo privado foi em larga medida resultado do crescimento do consumo de bens duradouros e que a moderação do crescimento do rendimento disponível refletiu sobretudo a redução das remessas de emigrantes.
A necessidade de financiamento das Administrações Públicas (AP) diminuiu, passando de 4,4% do PIB no ano acabado no 4º trimestre de 2015 para 3,8%. Esta melhoria do saldo das AP resultou do efeito conjugado do aumento de 0,5% da receita e de uma redução de 0,6% da despesa. Tomando como referência valores trimestrais e não o ano acabado no trimestre, o saldo das AP fixou-se em -3,2% do PIB no 1º trimestre de 2016 (-5,5% no trimestre homólogo).