Na Área Euro (AE), o Produto Interno Bruto (PIB) em volume aumentou 1,9% em termos homólogos no 4º trimestre de 2022 (2,3% no 3º trimestre) e 0,1% em cadeia (0,3% no 3º trimestre). No conjunto do ano 2022, o PIB aumentou 3,6% na AE, após ter aumentado 5,3% em 2021 (redução de 6,1% em 2020).
Em Portugal, o PIB em termos reais registou uma variação homóloga de 3,1% no 4º trimestre de 2022 (4,9% no trimestre anterior) e uma variação em cadeia de 0,2% (0,4% no trimestre anterior). No conjunto do ano 2022, o PIB português aumentou 6,7% em volume, o mais elevado desde 1987, após o aumento de 5,5% em 2021 que se seguiu à diminuição histórica de 8,3% em 2020, na sequência dos efeitos adversos da pandemia na atividade económica.
O índice de preços na produção da indústria transformadora desacelerou em janeiro pelo sexto mês consecutivo, apresentando uma taxa de variação homóloga de 16,3% (17,7% no mês anterior). Excluindo a componente energética, este índice aumentou 11,8% em termos homólogos (13,1% em dezembro). O índice relativo aos bens de consumo registou uma variação homóloga de 15,6% (16,0% no mês anterior), após ter atingido em novembro o valor mais elevado da série (16,2%). Por sua vez, a variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) abrandou para 8,4% em janeiro, taxa inferior em 1,2 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior.
Os indicadores de curto prazo, disponíveis para dezembro, revelam uma desaceleração em termos nominais na indústria e uma aceleração nos serviços, verificando-se, em termos reais, aumentos na indústria e na construção. Na perspetiva da despesa, os indicadores quantitativos de síntese de investimento e de consumo aumentaram em dezembro de 2022, tendo o indicador de atividade económica apresentado uma diminuição menos intensa.
De acordo com o Inquérito ao Emprego, no 4º trimestre de 2022, a taxa de desemprego fixou-se em 6,5%, mais 0,7 p.p. que a taxa observada no trimestre anterior (6,3% no período homólogo de 2021). O número de desempregados aumentou 3,7% em termos homólogos (diminuição de 4,1% no 3º trimestre). A taxa de subutilização do trabalho foi de 11,7%, um aumento de 0,5 p.p. face ao valor registado no 3º trimestre, e abrangendo 633,1 mil pessoas (603,1 mil no trimestre anterior). O emprego total apresentou um crescimento homólogo de 0,5%, no entanto diminuiu 0,5% face ao trimestre anterior (variação homóloga de 1,0% no 3º trimestre).
No conjunto do ano 2022, as remunerações médias total e regular por trabalhador aumentaram, respetivamente, 3,6% e 3,1% e, deflacionadas pelo IPC, diminuíram 4,0% e 4,4%, pela mesma ordem.