Os indicadores de curto prazo relativos à atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis para agosto, apontam, em termos homólogos, para diminuições na indústria e uma desaceleração real na construção e nominal nos serviços. Na perspetiva da despesa, os indicadores de atividade económica e consumo privado aceleraram em termos homólogos em agosto, enquanto o indicador de investimento passou a apresentar uma variação negativa. O indicador de clima económico, que sintetiza as questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, aumentou em setembro, atingindo o máximo desde abril de 2023.
O índice de preços na produção industrial atingiu uma variação homóloga de 0,9% em setembro, desacelerando face ao aumento de 2,0% registado no mês anterior. A taxa de variação do agrupamento de Energia foi -3,4%, após ter sido 1,5% no mês antecedente. Excluindo a componente energética, este índice atingiu uma variação homóloga de 1,9% (2,1% no mês anterior), enquanto o índice relativo aos bens de consumo apresentou um crescimento homólogo de 3,3% em setembro (3,4% em agosto).
A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) aumentou para 2,1% em setembro, taxa superior em 0,2 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior. A variação homóloga do agregado relativo aos produtos energéticos diminuiu para -3.5% (-1,5% no mês precedente), essencialmente devido à conjugação da redução mensal nos preços dos Combustíveis e lubrificantes com o efeito de base associado ao aumento registado em setembro de 2023, e o índice referente aos produtos alimentares não transformados registou uma taxa de 0,8%, idêntica à verificada em agosto.
Na vertente externa, os preços implícitos das exportações e das importações de bens registaram variações de 0,2% nas exportações e -3,9% nas importações em agosto, respetivamente (0,5% e -2,1% em julho).
Em agosto, de acordo com as estimativas provisórias mensais do Inquérito ao Emprego, a taxa de desemprego (16 a 74 anos), ajustada de sazonalidade, foi de 6,4%, menos 0,1 p.p. que em julho (6,4% em maio e em agosto de 2023). A taxa de subutilização do trabalho (16 a 74 anos) foi de 10,9%, 0,1 p.p. abaixo do valor registado em julho (10,9% em maio e 11,6% no período homólogo do ano anterior). A população empregada (16 a 74 anos), também ajustada de sazonalidade, aumentou 0,9% em termos homólogos e 0,2% relativamente ao mês anterior (variação homóloga de 0,8% em julho).