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COVID-19: uma leitura do contexto demográfico e da expressão territorial da pandemia - Dados até 23 de setembro
Indicadores de contexto para a pandemia COVID-19 em Portugal
COVID-19: uma leitura do contexto demográfico e da expressão territorial da pandemia - Dados até 23 de setembro
25 de setembro de 2020

Resumo

A expressão da pandemia continua a ser caracterizada por uma elevada heterogeneidade territorial. Alguns dos resultados apurados foram os seguintes:
• Desde o início de março que o número preliminar de óbitos em 2020 para o total do país, aferidos às últimas quatro semanas, se mantém superior ao registado no período homólogo de referência (média para o mesmo período em 2018 e 2019). Em 179 dos 308 municípios portugueses em que reside 68% da população, o número de óbitos entre 17 de agosto e 13 de setembro de 2020 foi superior ao valor homólogo de referência.
• Manutenção da tendência de crescimento do número de novos casos COVID-19 verificada desde o final de agosto - valores acima de 4 000 novos casos desde o dia 13 de setembro (valores acumulados dos últimos 7 dias), atingindo os 4 760 novos casos (correspondentes a 4,6 novos casos por 10 mil habitantes) a 23 de setembro.
• Continuidade da redução da concentração territorial de novos casos que se verifica desde meados de junho - o maior nível de dispersão territorial da série foi atingido a 20 de setembro (data de referência dos últimos dados divulgados pela DGS ao nível municipal).
• A 20 de setembro, por cada 10 mil habitantes, registaram-se, 4,5 novos casos de COVID-19 (últimos 7 dias). Em 55 municípios, este rácio foi superior à média, evidenciando-se os municípios da AML com destaque para Amadora (9,4), Sintra (9,0), Lisboa (8,8), Odivelas (8,1), Cascais (7,3), Loures (7,2) e Oeiras (6,9).
• No conjunto de 7 dias terminados a 20 de setembro, a AML representava 43% dos novos casos do país (28% da população). A análise centrada nas últimas semanas sugere um aumento do número de novos casos na AML com ritmo superior ao do país: na semana terminada a 6 de setembro a taxa de crescimento foi de +21,3% (+8,9% no país) e na semana terminada a 20 de setembro esta taxa foi +31,7% (+12,6% no país).
Adicionalmente, a análise (ver caixa na página 12) sobre a expressão territorial dos estabelecimentos com 50 ou mais pessoas ao serviço, para uma aproximação ao impacto da medida de política pública sobre o desfasamento dos horários de entrada e saída dos trabalhadores, evidenciou que:
• Os estabelecimentos com 50 ou mais trabalhadores tinham cerca 1,2 milhões pessoas ao serviço o que representava 30% do total.
• As áreas metropolitanas de Lisboa e Porto eram as sub-regiões com o maior volume de pessoal ao serviço nestes estabelecimentos, representando 37,4% das pessoas ao serviço na AML e 32,5% na AMP.
• Em 12 municípios da AMP e em oito da AML, mais de ¼ do pessoal ao serviço trabalhava em estabelecimentos com 50 ou mais trabalhadores.


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