Este estudo, apesar de se inserir no âmbito das estatísticas migratórias, encontra-se orientado num contexto mais amplo do fenómeno migratório, observado com base na mudança entre o local de nascimento
e local da residência habitual. A fonte de informação estatística foi, de forma exclusiva, os Censos 2011, realizados pelo INE com a colaboração das autarquias locais (municípios e juntas de freguesia).
Na generalidade, no que diz respeito aos estudos sobre os fluxos migratórios, comparam-se os locais da residência da população entre duas datas, normalmente com um intervalo anual ou plurianual (cinco anos p. ex.). No entanto, as migrações também se podem observar ao longo do tempo. No presente caso a análise incidiu sobre a pessoa cuja naturalidade é uma unidade territorial diferente da sua residência atual ou seja, o migrante absoluto de acordo com a definição das Nações Unidas.
Os Censos de 2011 recolheram, com base no questionário individual, informação exaustiva sobre as variáveis naturalidade e residência dos indivíduos desagregada segundo a Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos (NUTS), aos níveis II (região) e III (subregião), bem como ao nível dos municípios que lhes pertencem. Esta disponibilidade permite o cruzamento de dados sobre a naturalidade e a residência relativamente às diferentes unidades territoriais mencionadas. A diversidade geográfica das unidades em questão quanto à atratividade populacional (unidade territorial que atrai população), é avaliada pela população não natural do município de residência. Relativamente à repulsividade demográfica (unidades territoriais que perdem população natural a favor de outras unidades do território nacional), é avaliada pela população que reside fora do município de naturalidade.
palavras-chave: local de residência habitual, naturalidade, fluxos migratórios, atratividade demográfica, repulsividade demográfica