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Recuperação da atividade hospitalar em 2022
Dia Mundial da Saúde - 7 de abril
1999-2023
Recuperação da atividade hospitalar em 2022
05 de abril de 2024

Resumo

Por ocasião do Dia Mundial de Saúde, que se celebra no dia 7 de abril, o INE divulga uma nova edição da publicação “Estatísticas da Saúde”, principalmente com indicadores de 2022.

Destacam-se os seguintes resultados:

• Em 2022, existiam em Portugal 60 396 médicos e 81 799 enfermeiros, respetivamente mais 2,8% de médicos e mais 1,9% de enfermeiros do que em 2021. O indicador relativo ao número de médicos por mil habitantes era mais elevado na região da Grande Lisboa (8,3 médicos por mil habitantes) e mais baixo na região Oeste e Vale do Tejo (2,5 médicos por mil habitantes), enquanto o indicador relativo ao número de enfermeiros por mil habitantes era mais elevado nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores (9,8 e 10,1 enfermeiros por mil habitantes, respetivamente) e menor na região Oeste e Vale do Tejo (4,9).

• Depois de a atividade hospitalar ter sido fortemente afetada pelo contexto pandémico, em 2022 continua a verificar-se uma recuperação nos atos assistenciais prestados em contexto hospitalar. As consultas médicas, as cirurgias em bloco operatório e os atos complementares de diagnóstico e/ou terapêutica aumentaram para valores superiores aos registados antes da pandemia COVID-19.

• A urgência foi a vertente da atividade hospitalar que teve um maior acréscimo em relação ao ano 2021, com mais 1,5 milhões de atendimentos (+23,9%). A recuperação observada em 2022 permite uma aproximação ao valor anterior a 2020, ano em que os atendimentos realizados na urgência hospitalar diminuíram 30,3% e atingiram o valor mais baixo desde 1999.

• Os hospitais públicos ou em parceria público-privada continuaram em 2022 a ser os principais prestadores de serviços de saúde, assegurando 86,2% dos atos complementares de diagnóstico e/ou terapêutica, 81,6% dos atendimentos em urgência, 74,6% dos internamentos e 71,5% das cirurgias em bloco operatório. Os hospitais do setor público também asseguraram a maioria das consultas médicas, mas esta é a componente de atividade em que os hospitais privados conseguiram atingir um peso mais expressivo, representando 38,0% do total.

• A proporção da população com limitações na realização de atividades habituais devido a problemas de saúde, que constitui uma aproximação reconhecida internacionalmente ao conceito de incapacidade, continuou a diminuir em 2023, tendo registado um valor de 33,4%, inferior em 0,6 pontos percentuais (p.p.) ao resultado de 34,0% em 2022.

• O indicador “Anos de vida saudável”, que conjuga a informação da esperança de vida da população e a incidência das limitações na realização de atividades habituais devido a problemas de saúde, revela que, se em 2021 a esperança média de vida para um homem aos 65 anos era de 18,3 anos e de 22,0 anos para uma mulher, a consideração das limitações devido a problemas de saúde resulta numa expectativa de vida saudável de apenas 8,4 anos para um homem com 65 anos e 7,4 anos para uma mulher da mesma idade, em ambos os casos valores inferiores às médias na União Europeia (UE-27) de 9,5 para os homens e 9,9 anos para as mulheres.

• Em 2023, de acordo com o modelo Generalized Anxiety Disorder 2-item (GAD-2), 34,3% da população com 16 ou mais anos teriam sintomas de ansiedade generalizada, incluindo 11,1% com níveis de ansiedade mais graves. Os resultados de um modelo de regressão logística que associa a probabilidade de distúrbio de ansiedade generalizada e algumas caraterísticas pessoais e de contexto territorial e familiar para a população adulta, sugerem que as mulheres e os desempregados têm maior probabilidade de apresentar sintomas de ansiedade generalizada, mas que a idade e a escolaridade se relacionam negativamente com aquela probabilidade. Situações de insuficiência alimentar, de doença crónica ou prolongada e a existência de limitações por motivos de saúde contribuem para o aumento da probabilidade de ocorrência de sintomas de ansiedade generalizada.

• Foi ainda desenvolvido um modelo de regressão logística para verificar se os dados estatísticos disponíveis suportam empiricamente a associação de uma satisfação muito positiva com a vida em geral pela população com 18 ou mais anos com algumas características pessoais e respetivo contexto territorial e familiar, quando consideradas em simultâneo. Os resultados obtidos são particularmente robustos e significativos quanto à relação entre a satisfação com a vida em geral e a autoapreciação do estado de saúde – a probabilidade de se revelar uma satisfação com a vida em geral elevada diminui à medida que a autoapreciação do estado de saúde vai piorando; por exemplo, avaliar o próprio estado de saúde como muito mau diminui a probabilidade de avaliar a satisfação com a vida em geral como elevada em 49,4 p.p. por comparação com uma autoapreciação do estado de saúde como muito bom.

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Consulte as Infografias Saúde em Portugal 2022Saúde em Portugal 2022 - Hospitais


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