Na Área Euro (AE), o Produto Interno Bruto (PIB) em volume aumentou 0,5% em termos homólogos no 2º trimestre de 2023 (1,1% no 1º trimestre) e cresceu em cadeia 0,1% (taxa idêntica à observada no trimestre anterior). Em Portugal, o PIB em volume apresentou uma variação homóloga de 2,3% no 2º trimestre de 2023 (2,5% no trimestre anterior). Comparando com o trimestre precedente, o PIB registou uma taxa de variação nula, após um crescimento em cadeia de 1,6% no trimestre anterior.
O índice de preços na produção industrial registou uma variação homóloga de -5,2% em agosto (após ter atingido -6,6% em julho), apresentando uma taxa negativa pelo quinto mês consecutivo. O agrupamento de Energia continuou a ser decisivo para a redução do índice total, com taxas de -24,7%, -25,6% e -18,6%, entre junho e agosto. Excluindo a componente energética, este índice apresentou uma variação homóloga de -0,6% no último mês (0,1% em julho). O índice relativo aos bens de consumo registou uma variação homóloga de 5,6% (6,4% no mês anterior), desacelerando pelo nono mês consecutivo, após ter atingido em novembro o valor mais elevado da série (16,2%).
A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) aumentou para 3,7% em agosto, taxa superior em 0,6 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior. A variação homóloga do agregado relativo aos produtos energéticos fixou-se em -6,5% (-14,9% no mês precedente) e o índice referente aos produtos alimentares não transformados desacelerou para 6,4% (variação de 6,8% em julho).
Na vertente externa, os preços implícitos das exportações e das importações de bens registaram variações de -4,2% nas exportações e -9,1% nas importações em julho, respetivamente (-5,2% e -9,4% em junho).
Os indicadores de curto prazo relativos à atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis para julho, apontam, em termos homólogos, para uma desaceleração em volume da construção e em termos nominais dos serviços e para diminuições menos intensas na indústria. Na perspetiva da despesa, o indicador de atividade económica abrandou em junho e julho, registando no último mês uma taxa de variação homóloga próxima de zero. O indicador de consumo privado desacelerou em julho, enquanto o indicador de investimento acelerou. Por sua vez, o indicador de clima económico, que sintetiza as questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, diminuiu em julho e agosto, após ter estabilizado em junho.
Em julho, de acordo com as estimativas provisórias mensais do Inquérito ao Emprego, a taxa de desemprego (16 a 74 anos), ajustada de sazonalidade, foi de 6,3%, idêntica à do mês anterior (6,5% em abril e 6,0% em julho de 2022). A taxa de subutilização do trabalho (16 a 74 anos) situou se em 11,6%, valor inferior ao do mês anterior em 0,1 p.p. (12,0% em abril e 11,6% em julho de 2022).