Síntese Económica de Conjuntura
Síntese Económica de Conjuntura
- Dezembro de 2006
18 de janeiro de 2007
Resumo
As indicações mais recentes sobre a envolvente externa mantêm-se globalmente favoráveis. No plano interno, em Dezembro, o indicador de clima económico interrompeu o vincado movimento ascendente que se verificava desde Junho, apresentando uma evolução desfavorável. O indicador de actividade económica, com informação apenas até Novembro, melhorou tenuemente, situando-se um pouco acima do patamar em que se encontrava desde Junho. Do lado dos Indicadores de Curto Prazo, registaram-se em Novembro abrandamentos tanto na indústria como nos serviços, embora persistindo na indústria um crescimento do volume de negócios relativamente elevado. O indicador de consumo privado desacelerou em Novembro, movimento que foi comum tanto ao indicador de consumo corrente como ao de bens duradouros. O indicador de investimento interrompeu em Novembro o movimento de recuperação que se observava desde Agosto, o que foi determinado pela evolução do material de transporte. Os dados do comércio internacional, com informação preliminar até Novembro, revelaram uma desaceleração do valor tanto das importações como das exportações, mais intensa no caso destas últimas, embora mantendo estas um crescimento claramente mais elevado do que o das importações. Refira-se que persiste desde Maio um diferencial favorável a Portugal entre a evolução das exportações nacionais e a do indicador de procura externa, recorrendo para este último indicador aos dados agora disponibilizados pela OCDE sobre as importações dos nossos principais clientes. No mercado de trabalho, as indicações são mistas. Por um lado, a informação proveniente dos Indicadores de Curto Prazo aponta para uma evolução menos desfavorável do emprego em Novembro. Por outro lado, de acordo com a informação dos Centros de Emprego, registou-se em Dezembro uma aceleração dos pedidos de emprego por parte de desempregados e uma contracção das ofertas de emprego ao longo do mês. Da mesma forma, as perspectivas de emprego por parte dos empresários agravaram-se, enquanto as expectativas dos consumidores sobre a evolução do desemprego mantêm o mesmo valor desde Outubro. Em Dezembro a inflação foi de 2,5%, mais 0,1 pontos percentuais (p.p.) do que no mês anterior. A inflação média de 2006 foi de 3,1%, mais 0,8 p.p. do que em 2005. O indicador de inflação subjacente situou-se em 2,0%, mais 0,1 p.p. do que no mês anterior.