Síntese Económica de Conjuntura
Variação homóloga do PIB ligeiramente menos negativa no 2º trimestre de 2009. Emprego acentua diminuição
- Julho de 2009
19 de agosto de 2009
Resumo
De acordo com a estimativa rápida divulgada pelo EUROSTAT, o PIB da Área Euro (AE) e da União Europeia (UE27) registou variações homólogas de -4,6% e -4,8% no 2º trimestre de 2009 (-4,9% e -4,7% no trimestre anterior, respectivamente). Em Julho, na AE e na UE27, os indicadores de sentimento económico e de confiança dos consumidores voltaram a recuperar.
Em Portugal, de acordo com a estimativa rápida, o PIB reduziu-se em 3,7% no 2º trimestre face ao período homólogo (-3,9%, no trimestre anterior), devido à contracção das exportações, do investimento, e, em menor grau, do consumo privado. O indicador de actividade económica diminuiu no 2º trimestre de 2009, enquanto o indicador de clima económico recuperou, após ter diminuído nos quatro trimestres anteriores. O indicador de consumo privado apresentou uma redução menos intensa no 2º trimestre de 2009, em resultado do contributo positivo do consumo corrente e menos negativo do consumo duradouro. No mesmo trimestre, o indicador de FBCF apresentou uma variação negativa menos intensa, reflectindo a evolução registada em todas as componentes, principalmente na de material de transporte. Relativamente ao comércio internacional de bens, no 2º trimestre de 2009 registaram-se taxas de variação homóloga nominal das importações e das exportações fortemente negativas (-27,6% e -25,2%, menos 2,6 p.p. e mais 1,5 p.p. que no trimestre anterior, respectivamente). Em Julho, os indicadores de clima económico e de confiança dos Consumidores voltaram a recuperar.
No 2º trimestre de 2009 a taxa de desemprego foi de 9,1%, mais 1,8 p.p. que no trimestre homólogo, registando um novo máximo da série iniciada em 1998. O emprego passou de uma variação homóloga de -1,8% no 1º trimestre de 2009 para -2,9% (taxa mais baixa da série iniciada em 1999).
Em Julho, a taxa de variação homóloga mensal do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi -1,5%, mais 0,1 p.p. que em Junho. O indicador de inflação subjacente aumentou 0,5% (mais 0,2 p.p que no mês anterior). É de salientar o comportamento heterogéneo que se continuou a verificar nos preços dos bens e dos serviços no consumidor pois, enquanto os primeiros apresentaram uma variação de -3,7% em Julho (menos 0,1 p.p. que no mês anterior), os segundos aumentaram 2,1% (mais 0,2 p.p.). O diferencial entre o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) da AE e de Portugal situou-se em 0,7 p.p. em Julho, diminuindo 0,8 p.p. relativamente a Junho.