Em 2020, ano do início da pandemia COVID-19 em Portugal, no domínio das emissões atmosféricas, os principais indicadores de stress ambiental apresentaram decréscimos: o Potencial de Aquecimento Global (-10,0%), o de Acidificação (-10,9%) e o de Formação de Ozono Troposférico (-9,3%), num contexto em que a atividade económica (medida pelo Valor Acrescentado Bruto) sofreu uma contração severa (-7,8%, em termos reais).
Os setores de atividade que contribuíram para o decréscimo do Potencial de Aquecimento Global (GWP) foram os Transportes, informação e comunicação (-38,2%), a Energia, água e saneamento (-16,3%) e o Comércio e restauração (-10,9%), que foram também os mais afetados com a pandemia, com significativas restrições à atividade.
Em 2020, o indicador de Intensidade Carbónica da economia portuguesa atingiu o seu menor valor desde 1995, tendo decrescido 1,8% relativamente ao ano anterior, em resultado de uma redução das emissões de GWP (-10,0%) mais intensa que a redução do PIB (-6,5%).