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O saldo externo da economia agravou-se para -1,2% do PIB. O saldo das Administrações Públicas aumentou para 1,1% do PIB
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O saldo externo da economia agravou-se para -1,2% do PIB. O saldo das Administrações Públicas aumentou para 1,1% do PIB - 3.º Trimestre de 2022
23 de dezembro de 2022

Resumo

A economia portuguesa registou um agravamento da necessidade de financiamento no 3º trimestre de 2022, que passou de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) no 2º trimestre de 2022 para 1,2%. O Rendimento Nacional Bruto (RNB) e o Rendimento Disponível Bruto (RDB) aumentaram, respetivamente, 2,1% e 2,0% (crescimentos de 2,7% e 2,4% no trimestre anterior). A redução do saldo externo da economia reflete a diminuição dos saldos de todos os setores internos, com exceção das Administrações Públicas (AP).   

O Rendimento Disponível Bruto (RDB) das Famílias aumentou 1,0% face ao trimestre anterior, verificando-se crescimentos de 1,8% e 1,0% das remunerações e do Valor Acrescentado Bruto (VAB), respetivamente. A despesa de consumo final aumentou 2,0% (2,7% no trimestre anterior), determinando a redução da taxa de poupança para 5,1% (6,1% no trimestre anterior), o que conduziu a uma necessidade de financiamento de 0,2% do PIB (capacidade de financiamento de 0,4% do PIB no trimestre anterior). Em termos reais, o RDB ajustado per capita das Famílias diminuiu 0,4% no 3º trimestre de 2022.

O saldo das Sociedades Não Financeiras (SNF) fixou-se em -3,4% do PIB, menos 0,5 pontos percentuais (p.p.) que no trimestre anterior. O VAB registou um aumento de 3,4%, superior ao crescimento das remunerações pagas (taxa de variação de 2,3%) e a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) cresceu 2,9%. O saldo das Sociedades Financeiras diminuiu 0,2 p.p. para 1,2% do PIB no 3º trimestre de 2022.

O saldo do setor das AP aumentou 0,9 p.p., passando de uma capacidade de financiamento de 0,2% do PIB no 2º trimestre para 1,1% do PIB no ano terminado no 3º trimestre de 2022. Tomando como referência os valores trimestrais e não o ano acabado no trimestre, o saldo das AP atingiu 4 147,2 milhões de euros no 3º trimestre de 2022, correspondendo a 6,8% do PIB, o que compara com 3,5% no período homólogo. No conjunto dos três primeiros trimestres de 2022, o saldo das AP fixou-se em 4 980 milhões de euros (2,8% do PIB, que compara com -2,5% do PIB em igual período de 2021).


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