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Pandemia força empresas a inovação de processo
Estatísticas da Inovação
Pandemia força empresas a inovação de processo - 2018 - 2020
20 de abril de 2022

Resumo

No triénio 2018-2020 ampliaram-se as atividades de inovação geradoras de despesa, tendo sido reportadas em 48,0% das empresas, enquanto no triénio anterior apenas 32,4% das empresas tinham tido este tipo de atividades. No entanto, esta expansão foi sobretudo devida a inovação de processo, observada em 42,7% das empresas (28,0% no triénio anterior) visto que a percentagem de empresas em que foi observada inovação de produto se cingiu a 22,3%, um pouco abaixo da percentagem registada no triénio anterior (23,0%). Há fortes indícios de que este aumento na inovação de processo esteja associado, em larga medida, ao impacto da pandemia COVID-19, nomeadamente à implementação do teletrabalho e consequente investimento em tecnologia e equipamentos que o viabilizassem, ao ajustamento dos canais de comunicação (incluindo a implementação de vendas online) e genericamente à adaptação de processos e procedimentos relacionados com a adoção do teletrabalho e a contactos não presenciais, para assegurar a continuidade de negócio.

Foi entre as empresas com 250 ou mais pessoas ao serviço que se observou a maior percentagem de inovação empresarial (79,8%). Por atividade económica, destacaram-se os setores da Informação e comunicação (75,5%) e dos Serviços financeiros (68,4%).

Face ao período 2016-2018, a proporção de empresas com inovação de processo aumentou 24,2 p.p. nos Serviços financeiros e 21,3 p.p. no Comércio. No que se refere à percentagem de empresas com inovação de produto, evidenciaram-se os setores da Informação e comunicação e do Comércio com os maiores aumentos (+5,9 p.p. e +5,1 p.p., pela mesma ordem). Destaca-se ainda a Indústria e energia que registou a maior redução na proporção de empresas com inovação de produto (-4,6 p.p.).

Entre 2018 e 2020, 49,7% das empresas introduziram inovações com algum tipo de benefícios ambientais, independentemente do grau de contribuição para a proteção ambiental.

Em 2020, a despesa total com atividades de inovação atingiu 2 736 milhões de euros, mais 5,3% que o registado em 2018, representando cerca de 1% do total do volume de negócios das empresas (0,8% em 2018), salientando-se as empresas do setor da Informação e comunicação que apresentaram uma despesa com inovação correspondente a 4,0% do total do volume de negócios.

No mesmo ano, 13,8% do volume de negócios das empresas resultou da introdução de produtos novos ou melhorados (+2,6 p.p. face a 2018), totalizando 36,2 mil milhões de euros (-968,8 milhões de euros comparativamente a 2018). Cerca de 9,5% resultou da introdução de produtos novos para a empresa e 4,3% da introdução de produtos novos para o mercado (7,0% e 4,2% em 2018, respetivamente).

Tendo em conta a desagregação das empresas por sete perfis de inovação, no triénio 2018-2020, 34,7% das empresas classificavam-se como não inovadoras, mas com potencial para inovar, e 17,3% eram empresas sem inovação e sem potencial para inovar. De uma forma geral, são as empresas inovadoras ou que estão em fase de consolidação de um processo de inovação iniciado anteriormente que apresentam os maiores valores nos vários indicadores de desempenho considerados (VAB médio, produtividade aparente do trabalho, remuneração média anual e também a proporção de trabalhadores com habilitações superiores) (ver caixas no final do destaque).

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