A capacidade de financiamento da economia manteve-se em 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano acabado no 1º trimestre de 2021. O Rendimento Nacional Bruto (RNB) e o Rendimento Disponível Bruto (RDB) diminuíram 0,9% e 0,7%, respetivamente, no ano acabado no 1º trimestre de 2021 (ambos reduziram se 0,8% no trimestre anterior), tendo o PIB nominal diminuído 0,9% (variação de -1,0% no ano acabado no 4º trimestre de 2020).
No 1º trimestre de 2021, a capacidade de financiamento das Famílias aumentou 1,0 pontos percentuais (p.p.), para 7,0% do PIB e a taxa de poupança fixou-se em 14,2% (12,8% no trimestre anterior), atingindo-se em ambos os casos os valores máximos nas atuais séries de Contas Nacionais, refletindo sobretudo a redução de 1,7% do consumo privado.
O saldo das Sociedades Não Financeiras foi menos negativo em 0,2 p.p. no 1º trimestre, fixando-se em -2,1% do PIB, traduzindo o aumento de 38,3% dos subsídios de exploração recebidos, que mais que compensou a redução de 1,2% do Valor Acrescentado Bruto (VAB). A capacidade de financiamento das Sociedades Financeiras diminuiu 0,1 p.p. para 2,0% do PIB.
O défice do setor das Administrações Públicas (AP) aumentou 1,1 p.p. no ano terminado no 1º trimestre de 2021, representando uma necessidade de financiamento de 6,8% do PIB. Tomando como referência valores trimestrais e não o ano acabado no trimestre, o saldo das AP no 1º trimestre de 2021 atingiu -2 813,1 milhões de euros, -5,7% do PIB, o que compara com -1,2% no período homólogo.