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Atividade económica acentua redução em janeiro refletindo o agravamento das limitações à mobilidade no contexto pandémico
Síntese Económica de Conjuntura
Atividade económica acentua redução em janeiro refletindo o agravamento das limitações à mobilidade no contexto pandémico - Janeiro de 2021
18 de fevereiro de 2021

Resumo

Na Área Euro (AE), o Produto Interno Bruto (PIB) em termos reais registou uma variação homóloga de -5,0% no 4º trimestre de 2020 (-4,3% no trimestre anterior) e uma variação em cadeia de -0,6% (+12,4% no 3º trimestre). Em janeiro, o indicador de sentimento económico da AE diminuiu em resultado da redução expressiva da confiança no comércio a retalho e, em menor grau, da redução da confiança nos serviços e dos consumidores. Os preços das matérias-primas e do petróleo cresceram em cadeia 10,2% e 9,6%, respetivamente (8,8% e 13,9% em dezembro).
Em Portugal, de acordo com a estimativa rápida, o PIB em termos reais registou uma variação homóloga de -5,9% no 4º trimestre (-5,7% no trimestre anterior). Comparativamente com o 3º trimestre de 2020, o PIB aumentou 0,4% em volume, após as fortes variações de sinal oposto nos trimestres anteriores (-13,9% e +13,3% no segundo e terceiro trimestres, respetivamente).
Não considerando médias móveis de três meses (ver secção seguinte), a informação disponível para janeiro, num contexto de novas medidas restritivas de resposta à pandemia, revela uma redução mais acentuada da atividade económica em janeiro face aos meses precedentes. O montante global de levantamentos nacionais, de pagamentos de serviços e de compras em terminais de pagamento automático na rede multibanco acentuou a variação homóloga negativa (-18,7%, que compara com variações de -7,8% em dezembro e -11,8% em novembro). As vendas de veículos automóveis também registaram decréscimos mais acentuados, com taxas de variação homóloga de -30,5% nos automóveis ligeiros de passageiros, -19,2% nos comerciais ligeiros e -20,8% nos veículos pesados (-19,6%, -19,1% e -15,7% em dezembro, respetivamente, e -27,9%, -1,4% e +16,7%, pela mesma ordem, em novembro). O indicador de clima económico, que sintetiza os saldos de respostas extremas das questões relativas aos inquéritos às empresas, já disponível para janeiro, registou uma redução, contrariando o aumento observado em dezembro e interrompendo o perfil de recuperação observado entre maio e outubro.
No 4º trimestre de 2020, a taxa de desemprego fixou-se em 7,1%, 0,7 pontos percentuais (p.p.) abaixo da taxa observada no trimestre anterior, mas 0,4 p.p. acima da registada no período homólogo de 2019. O número de desempregados desacelerou significativamente passando de uma variação homóloga de 24,9% no 3º trimestre para 5,9%. A taxa de subutilização do trabalho foi inferior em 1,1 p.p. à do 3º trimestre, fixando-se em 13,8%, abrangendo 750,3 mil pessoas (813,7 mil no trimestre anterior). O emprego total diminuiu 1,0% em termos homólogos no 4º trimestre (-3,0% no 3º trimestre). O volume de horas efetivamente trabalhadas apresentou uma redução de 6,6% em termos homólogos e um aumento de 8,5% em relação ao trimestre anterior.
O Índice de Preços no Consumidor (IPC) passou de uma variação homóloga de -0,2% em dezembro para 0,3% em janeiro, observando-se variações de 0,3% na componente de bens (-0,5% em dezembro) e de 0,4% na componente de serviços (0,2% no mês anterior).

Apesar das circunstâncias determinadas pela pandemia COVID-19, o INE apela à melhor colaboração das empresas, das famílias e das entidades públicas na resposta às suas solicitações. A qualidade das estatísticas oficiais, particularmente a sua capacidade para identificar os impactos da pandemia COVID-19, depende crucialmente dessa colaboração que o INE antecipadamente agradece.


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