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Viagens turísticas de residentes diminuíram 20,0%
Procura Turística dos Residentes
Viagens turísticas de residentes diminuíram 20,0% - 1.º Trimestre de 2020
27 de julho de 2020

Resumo

No 1º trimestre de 2020, os residentes em Portugal realizaram 3,7 milhões de viagens, o que correspondeu a um decréscimo de 20,0%, após +9,3% no 4ºT 2019. O impacto da pandemia COVID-19 e a declaração do Estado de Emergência no mês de março contribuíram para o decréscimo de 70,0% nesse mês, que justificou a diminuição observada no trimestre, dado que em janeiro e fevereiro as deslocações tinham aumentado 8,4% e 5,2%, respetivamente. Apesar desse decréscimo, verificou-se um aumento muito significativo do número de noites passadas fora do ambiente habitual pelos turistas em março: 9,2 noites, face a 3,96 em fevereiro e 3,86 em janeiro.
No 1º trimestre de 2020, 88,1% das viagens decorreram em território nacional, diminuindo 19,6%. As viagens turísticas com destino ao estrangeiro (11,9% do total) totalizaram 444,2 mil (-22,9% no total do trimestre), tendo diminuído 81,9% no mês de março (+18,3% em fevereiro e +5,3% em janeiro).
O “lazer, recreio ou férias” foi a principal motivação para viajar no 1º trimestre de 2020 (1,5 milhões de viagens, -14,6%), reforçando a sua representatividade (40,8% do total, face a 38,2% no trimestre homólogo). O motivo “visita a familiares ou amigos” correspondeu a 1,5 milhões de viagens (39,3% do total, -5,0 p.p.), diminuindo 29,1%.
Os “hotéis e similares” concentraram 21,2% das dormidas resultantes das viagens turísticas no 1º trimestre de 2020, perdendo peso no total (-3,7 p.p.). O “alojamento particular gratuito” manteve-se como a principal opção de alojamento (73,9% das dormidas), sendo o único tipo de alojamento a reforçar a sua representatividade.

A informação deste destaque, respeitante ao 1º trimestre de 2020, reflete os efeitos da pandemia COVID-19, quer no comportamento da atividade económica, nomeadamente na Procura Turística, quer na obtenção de informação primária. Apelamos à melhor colaboração das empresas, das famílias e das entidades públicas, apesar das dificuldades, na resposta às solicitações do INE. A qualidade das estatísticas oficiais, particularmente a sua capacidade para identificar os impactos da pandemia COVID-19, depende crucialmente dessa colaboração que o INE antecipadamente agradece.


Destaque
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