O ano de 2017 foi marcado por um conjunto de incêndios de grande dimensão. A superfície florestal ardida aumentou de cerca de 168 mil ha em 2016 para 502 mil ha em 2017, verificando-se um aumento das remoções e uma diminuição do preço da madeira, bem como um crescimento dos serviços silvícolas para níveis máximos. O Valor Acrescentado Bruto (VAB) da silvicultura decresceu, em volume e em valor (2,3% e 1,0%, respetivamente), verificando-se um aumento do consumo intermédio. A produção de cortiça não foi muito afetada pelos incêndios, destacando-se o aumento significativo de preços (+9,1%), que mais do que compensou o decréscimo em volume (-2,9%).
Em 2018, o saldo da balança comercial dos produtos de origem florestal (que inclui os materiais que estão no perímetro das Contas Económicas da Silvicultura (CES) e os produtos industriais de origem florestal) registou um excedente de 2,6 mil milhões de euros, que compara com 2,5 mil milhões de euros observados em 2017. Os produtos à base de cortiça constituíram o grupo com maior destaque, com um excedente comercial de 932,4 milhões de euros, mais 36,3 milhões de euros que em 2017.