No 2.º trimestre de 2018, o INE realizou, juntamente com o Inquérito ao Emprego, o módulo ad hoc sobre a conciliação da vida profissional com a vida familiar, dirigido às pessoas com idade dos 18 aos 64 anos. Entre os resultados obtidos, destacam-se os seguintes:
• 34,0% dos inquiridos tinham responsabilidades de prestação de cuidados (filhos com menos de 15 anos e/ou familiares dependentes com 15 e mais anos).
• 49,0% dos inquiridos que cuidam regularmente de filhos com menos de 15 anos não recorriam a serviços de acolhimento de crianças, principalmente porque os cuidados eram assegurados pelo próprio ou juntamente com o cônjuge (38,7%).
• 84,3% das pessoas empregadas que cuidam regularmente de filhos com menos de 15 anos indicaram que estas responsabilidades não têm efeito na sua atividade profissional corrente.
• 55,9% dos trabalhadores por conta de outrem com responsabilidades parentais afirmaram ser geralmente possível alterar o seu horário de trabalho diário para prestarem cuidados, mas 58,5% mencionaram ser raramente possível ou mesmo impossível poder ausentar-se do trabalho durante dias completos pelo mesmo motivo.
• 22,4% dos cuidadores referiram ter obstáculos no seu trabalho que condicionam a conciliação deste com a vida familiar, o maior dos quais é a imprevisibilidade do horário ou horário atípico (6,8%).
• 24,5% das pessoas inquiridas já interromperam a atividade profissional para cuidar de filhos menores de 15 anos, 70,6% das quais ficaram até 6 meses ausentes do trabalho e 84,1% eram mulheres.
• 30,4% dos entrevistados que alguma vez interromperam a atividade profissional para cuidar de filhos com menos de 15 anos fizeram-no sem recurso à licença parental (inicial ou alargada).