De acordo com as intenções manifestadas pelas empresas no Inquérito de Conjuntura ao Investimento de outubro de 2017 (com período de inquirição entre 1 de outubro de 2017 e 17 de janeiro de 2018), o investimento empresarial em termos nominais deverá apresentar uma taxa de variação de 3,7% em 2018. Os resultados deste inquérito apontam ainda para um aumento de 5,5% do investimento em 2017, traduzindo uma ligeira revisão em alta face às perspetivas reveladas no inquérito anterior (variação de 5,1%) e uma revisão mais acentuada face às perspetivas reveladas no inquérito de outubro de 2016 (variação de 3,8%).
Entre os objetivos do investimento, perspetiva-se, entre 2017 e 2018, um aumento da importância relativa do investimento associado à extensão da capacidade de produção, enquanto o peso relativo dos investimentos orientados para a substituição e para outras finalidades deverá diminuir e o investimento orientado para a racionalização e restruturação manterá a sua importância relativa inalterada. Apesar da redução do seu peso relativo, o investimento de substituição destaca-se por ser o mais referido em ambos os anos.
O principal fator limitativo do investimento empresarial identificado pelas empresas nos dois anos analisados foi a deterioração das perspetivas de venda, seguindo-se, em 2017, a incerteza sobre a rentabilidade dos investimentos e, em 2018, a insuficiência da capacidade de autofinanciamento. Entre 2017 e 2018 prevê-se um aumento do peso relativo da insuficiência da capacidade de autofinanciamento e uma redução do peso relativo da dificuldade em obter crédito bancário.