Em 2012, a economia portuguesa apresentou uma capacidade de financiamento de 0,4% do PIB (necessidade de financiamento de 5,6% em 2011). Esta evolução deveu-se em larga medida à melhoria do Saldo Externo de Bens e Serviços e do Saldo dos Rendimentos Primários.
A taxa de poupança das Famílias atingiu 11,6% em 2012 (9,1% em 2011), refletindo a redução de 3,7% da despesa de consumo superior à diminuição do rendimento disponível das Famílias (variação de -0,9% em 2012). A capacidade de financiamento das Famílias aumentou para 6,4% do PIB (superior em 2,3% do PIB comparativamente com 2011), devido sobretudo ao aumento da poupança corrente e à redução do investimento.
A taxa de investimento das Sociedades Não Financeiras manteve em 2012 uma tendência decrescente, fixando-se em 19,3%. Relativamente a 2011, a necessidade de financiamento das Sociedades Não Financeiras diminuiu 2,2 p.p. fixando-se em 3,0% do PIB em 2012.
A necessidade de financiamento das Administrações Públicas aumentou, passando de 4,4% do PIB em 2011 para 6,4%, o que refletiu essencialmente a forte redução do saldo das transferências de capital devido à transferência de fundos de pensões de instituições bancárias para as AP ocorrida em 2011. A poupança corrente registou em 2012 um valor menos negativo que em 2011, determinado em grande medida pela redução das despesas com pessoal.