Boletim Mensal de Estatística, maio de 2022

Boletim Mensal de Estatística MAIO 2022 ISSN 0032-5082

Edição 2022 2 BOLETIM MENSAL DE ESTATÍSTICA Título Boletim Mensal de Estatística - 2022 Editor Instituto Nacional de Estatística, I.P. Av. António José de Almeida, 2 1000 - 043 LISBOA PORTUGAL Telefone: 21 842 61 00 Fax: 218 454 084 Presidente do Conselho Diretivo Francisco Lima Design e Composição Instituto Nacional de Estatística, I.P. Publicação periódica Mensal Multitemas Edição digital ISSN 0032-5082 O INE, I.P. na Internet www.ine.pt © INE, I.P., Lisboa • Portugal, 2022 A informação estatística disponibilizada pelo INE pode ser usada de acordo com a Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) da Creative Commons Atribution 4.0, devendo contudo ser claramente identificada a fonte da informação.

MAIO 2022 3 BOLETIM MENSAL DE ESTATÍSTICA Índice 4 6 8 10 11 13 15 17 19 20 21 22 23 24 25 27 28 29 30 32 34 35 38 40 42 45 47 48 50 52 54 Índices de Produção Industrial – março de 2022 Índice de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas na Indústria – março de 2022 Estatísticas do Emprego – 1.º trimestre de 2022 Estatísticas do Emprego – Remuneração bruta mensal média por trabalhador – 1.º trimestre de 2022 Índice de Custo do Trabalho – 1.º trimestre de 2022 Estatísticas do Emprego – Estatísticas de Fluxos entre Estados do Mercado de Trabalho – 1.º trimestre de 2022 Módulos ad hoc do Inquérito ao Emprego – Situação dos migrantes e seus descendentes no mercado de trabalho – 2021 Estimativas Mensais de Emprego e Desemprego – abril de 2022 Índice de Custos de Construção de Habitação Nova – março de 2022 Índices de Produção, Emprego, Remunerações na Construção – março de 2022 Taxas de Juro Implícitas no Crédito à Habitação – abril de 2022 Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação – abril de 2022 Estatísticas do Comércio Internacional – março de 2022 Índices de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas nos Serviços – março de 2022 Índice de Preços no Consumidor – abril de 2022 Índices de Preços na Produção Industrial – abril de 2022 Índice de Preços das Propriedades Comerciais – 2021 Índice de Preços no Consumidor, Estimativa Rápida – maio de 2022 Estatísticas Vitais, Dados mensais – abril de 2022 Causas de Morte – 2020 Tábuas de Mortalidade em Portugal – 2019-2021 Atividade Turística – março de 2022 Atividade Turística, Estimativa Rápida – abril de 2022 Estatísticas rápidas do transporte aéreo – março de 2022 Síntese Económica de Conjuntura – abril de 2022 Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores – maio de 2022 Índice de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas no Comércio a Retalho – abril de 2022 Estatísticas da Despesa Pública – 2021 Contas Nacionais Trimestrais – 1.º trimestre de 2022 Estatísticas Agrícolas – Economia do trigo Estatísticas da Pesca – 2021

Edição 2022 4 BOLETIM MENSAL DE ESTATÍSTICA Produção Industrial registou variação homóloga de 0,5% Índice de Produção Industrial (variação homóloga) Total Índice de Produção Industrial (variação homóloga) Bens de Investimento Índice de Produção Industrial (variação homóloga) Bens de Consumo IPI - Total e Grandes Agrupamentos Industriais (variação homóloga) 0,5% -20,0% -10,0% 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% mar-21 mai-21 jul-21 set-21 nov-21 jan-22 mar-22 -4,6% 6,0% 3,5% 3,1% 0,5% -32,5% -6,3% 2,7% 7,9% -4,1% Energia Bens de Inves�mento Bens Intermédios Bens de Consumo Total fev. 2022 mar. 2022 -6,0% -40,0% -20,0% 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% mar-21 mai-21 jul-21 set-21 nov-21 jan-22 mar-22 3,1% -10,0% 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% mar-21 mai-21 jul-21 set-21 nov-21 jan-22 mar-22 Em março de 2022, em termos homólogos: • O Índice de Produção Industrial (IPI) apresentou um crescimento de 0,5% (+4,6 pontos percentuais (p.p.) do que em fevereiro); • Esta melhoria está associada sobretudo ao comportamento da componente "Energia", cuja taxa de variação homóloga, apesar de se manter negativa (-4,6%), recuperou de forma ampla (+27,9 p.p.), muito graças ao aumento da produção de eletricidade; • Excluindo o agrupamento “Energia”, a variação do IPI foi de 1,6% (3,1% em fevereiro); • A taxa de variação da secção “Indústrias Transformadoras” situou-se em 1,2% (2,3% no mês anterior); • Os Grandes Agrupamentos Industriais que compõem o IPI apresentaram evoluções díspares.

MAIO 5 Índice de Produção Industrial (variação homóloga) Bens Intermédios Índice de Produção Industrial (variação homóloga) Energia Face ao mês anterior, em março de 2022: • O IPI registou uma variação de 4,3% (0,8% no mês anterior); Registe-se, porém, que este valor mascara alguma heterogeneidade nas suas componentes: » O agrupamento “Energia” deu um contributo decisivo para a variação do índice total (4,4 p.p.), originado por uma taxa de variação de 31,0% (-13,9% no mês anterior); » O agrupamento “Bens de Consumo” passou de uma variação mensal de 5,3%, para 1,7%, contribuindo com 0,6 p.p. » Os agrupamentos “Bens Intermédios” e “Bens de Investimento” contribuíram ambos com -0,3 p.p., em resultado de taxas de variação de -0,9% e de -2,2%, respetivamente (2,2% e 3,8% no mês precedente, pela mesma ordem). IPI - Total e Grandes Agrupamentos Industriais (variação mensal) Mais informação: Índice de Produção Industrial – março de 2022 3 de maio de 2022 No primeiro trimestre de 2022, o índice agregado diminuiu 2,3% face ao trimestre homólogo (-1,6% no trimestre anterior), em resultado das seguintes taxas de variação: • “Energia”: -18,1% (-16,1% no 4.º trimestre de 2021); • “Bens de Investimento”: -6,8% (-2,8% no trimestre anterior); • “Bens de Consumo”: 4,0% (4,2% no 4.º trimestre de 2021). 3,5% -5,0% 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 40,0% mar-21 mai-21 jul-21 set-21 nov-21 jan-22 mar-22 -4,6% -40,0% -30,0% -20,0% -10,0% 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% mar-21 mai-21 jul-21 set-21 nov-21 jan-22 mar-22 31,0% -2,2% -0,9% 1,7% 4,3% -13,9% 3,8% 2,2% 5,3% 0,8% Energia Bens de Inves�mento Bens Intermédios Bens de Consumo Total fev. 2022 mar. 2022

Edição 2022 6 BOLETIM MENSAL DE ESTATÍSTICA Volume de Negócios na Indústria (variação homóloga) Bens de consumo Volume de Negócios na Indústria (variação homóloga) Bens intermédios Volume de Negócios na Indústria acelerou para 25,8% Em março de 2022, em termos homólogos: • O Índice de Volume de Negócios na Indústria (IVNEI) registou um crescimento nominal de 25,8% (23,0% no mês anterior); • O agrupamento “Energia”, com um aumento de 60,4% (33,7% em fevereiro), em larga medida resultante do forte acréscimo dos preços, continuou a influenciar expressivamente a evolução global do índice; Excluindo este agrupamento, as vendas na indústria aumentaram 17,2% (20,0% em fevereiro); • Os índices relativos aomercado nacional e aomercado externo tiveram ambos aumentos de 25,8% (21,9% e 24,5% no mês anterior, pela mesma ordem). Volume de Negócios na Indústria (variação homóloga) Total Volume de Negócios na Indústria - Grandes agrupamentos (variação homóloga) 25,8% 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% mar-21 abr-21 mai-21 jun-21 jul-21 ago-21 set-21 out-21 nov-21 dez-21 jan-22 fev-22 mar-22 60,4% -0,3% 24,9% 17,9% 33,7% 1,7% 29,1% 20,4% Energia Bens de Inves�mento Bens Intermédios Bens de Consumo fev-22 mar-22 7,5% 19,5% -40,0% -20,0% 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0% 120,0% 140,0% 160,0% mar-21 abr-21 mai-21 jun-21 jul-21 ago-21 set-21 out-21 nov-21 dez-21 jan-22 fev-22 mar-22 Bens duradouros Bens não duradouros 24,9% 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 40,0% 45,0% 50,0% jan-21 fev-21 mar-21 abr-21 mai-21 jun-21 jul-21 ago-21 set-21 out-21 nov-21 dez-21 jan-22 fev-22 mar-22

MAIO 7 Volume de Negócios na Indústria (variação homóloga) Bens de investimento Volume de Negócios na Indústria (variação homóloga) Energia Registaram-se ainda, em março de 2022, os seguintes crescimentos homólogos em índices relativos ao sector da Indústria: • Emprego: 3,3%; • Remunerações: 6,4%; • Horas trabalhadas (ajustado de efeitos de calendário): 3,2%. Índices de Emprego, de Remunerações e de Horas trabalhadas (variação homóloga) Índice de Emprego na Indústria (variação homóloga) Total Índice de Emprego na Indústria (variação homóloga) Horas trabalhadas O IVNEI apresentou em março de 2022 um crescimento mensal de 20,2% (17,5% em março de 2021). No 1.º trimestre de 2022, as vendas na indústria apresentaram um crescimento homólogo de 22,6% (15,5% no trimestre anterior). Mais informação: Índices de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas na Indústria – março de 2022 10 de maio de 2022 -0,3% -50,0% 0,0% 50,0% 100,0% 150,0% 200,0% mar-21 abr-21 mai-21 jun-21 jul-21 ago-21 set-21 out-21 nov-21 dez-21 jan-22 fev-22 mar-22 60,4% 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% mar-21 abr-21 mai-21 jun-21 jul-21 ago-21 set-21 out-21 nov-21 dez-21 jan-22 fev-22 mar-22 3,2% 6,4% 3,3% 7,5% 4,1% 2,8% Horas Trabalhadas Remunerações Emprego fev-22 mar-22 3,3% -3,0% -2,0% -1,0% 0,0% 1,0% 2,0% 3,0% 4,0% mar-21 abr-21 mai-21 jun-21 jul-21 ago-21 set-21 out-21 nov-21 dez-21 jan-22 fev-22 mar-22 3,2% -5,0% 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% mar-21 abr-21 mai-21 jun-21 jul-21 ago-21 set-21 out-21 nov-21 dez-21 jan-22 fev-22 mar-22

Edição 2022 8 BOLETIM MENSAL DE ESTATÍSTICA Taxa de desemprego diminui para 5,9% no 1.º trimestre de 2022 Taxa de desemprego Taxa de desemprego por região NUTS II 1.º trimestre 2022 No 1.º trimestre de 2022: • A população desempregada, estimada em 308,4 mil pessoas: » Diminuiu 6,7% (22 mil) relativamente ao trimestre anterior; » Diminuiu 14,3% (51,7 mil) por comparação com o 1.º trimestre de 2021, sobretudo graças aos contributos de quemprocurava novo emprego e dos desempregados há menos de 12 meses; • A taxa de desemprego foi estimada em 5,9%, o que representa: » -0,4 p.p. que no trimestre anterior; » -1,2 p.p. que no período homólogo de 2021; • A taxa de desemprego foi superior à média nacional em quatro das regiões NUTS II: Região Autónoma dos Açores, Algarve, Área Metropolitana de Lisboa e Região Autónoma da Madeira; 5,9% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0% 14,0% 16,0% 18,0% 20,0% 1T2013 1T2014 1T2015 1T2016 1T2017 1T2018 1T2019 1T2020 1T2021 1T2022 7,5% 7,0% 6,8% 6,6% 5,9% 5,4% 5,4% 5,1% Região Autónoma da Madeira Algarve Área Metropolitana de Lisboa Região Autónoma dos Açores Portugal Centro Norte Alentejo

MAIO 9 Taxa de subutilização do trabalho Taxa de emprego • A população empregada (4 900,9 mil pessoas) aumentou 0,4% (21,9 mil) em relação ao trimestre anterior e 4,7% (219,3 mil) relativamente ao mesmo período de 2021. Para a variação homóloga, contribuiu sobretudo o emprego: » Nos serviços; » Por conta de outrem com contratos de trabalho sem termo; e » A tempo completo; Mais informação: Estatísticas do Emprego – 1.º trimestre 2022 11 de maio de 2022 • Cerca de 10,4% da população empregada (510,2 mil pessoas) trabalhou sempre ou quase sempre a partir de casa, com recurso a tecnologias de informação e comunicação (teletrabalho), o que corresponde ao segundo menor valor registado nesta série desde o seu começo, no 2.º trimestre de 2020; 56,4% 0,0% 48,0% 51,0% 54,0% 57,0% 60,0% 63,0% 1T2013 1T2014 1T2015 1T2016 1T2017 1T2018 1T2019 1T2020 1T2021 1T2022 11,5% 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 1T2013 1T2014 1T2015 1T2016 1T2017 1T2018 1T2019 1T2020 1T2021 1T2022 • A subutilização do trabalho abrangeu 618,2 mil pessoas, o que corresponde a: » -1,9% (11,9 mil) face ao trimestre anterior; » -17,2% (-128,2 mil) em relação ao período homólogo de 2021; • A taxa de subutilização do trabalho, estimada em 11,5%, diminuiu 0,2 p.p. face ao trimestre precedente e 2,6 p.p. por comparação com o trimestre homólogo de 2021; • A população inativa com 16 e mais anos (3 593,1 mil pessoas): » Diminuiu 0,5% (19,0 mil) relativamente ao trimestre anterior; » Decresceu 4,3% (159,8 mil) face ao trimestre homólogo de 2021.

Edição 2022 10 BOLETIM MENSAL DE ESTATÍSTICA A remuneração bruta mensal média por trabalhador aumentou 2,2%, para 1 258 euros, no 1.º trimestre de 2022; em termos reais, diminuiu 2,0% No 1.º trimestre de 2022, em relação ao período homólogo de 2021: • A remuneração bruta total mensal média por trabalhador (posto de trabalho) aumentou 2,2%, para 1 258 euros; • A componente regular da remuneração (exclui subsídios de férias e de Natal) subiu 1,7% e fixou-se em 1 127 euros; • Por sua vez, a remuneração base aumentou 1,6%, para 1 058 euros; • Em termos reais – ou seja, tendo em conta a variação do Índice de Preços no Consumidor –, as remunerações mensais registaram as seguintes variações homólogas: » Remuneração bruta total: -2,0%; » Remuneração bruta regular: -2,5%; » Remuneração bruta base: -2,5%; • O número de trabalhadores por conta de outrem aumentou 5,3%. Remuneração bruta mensal média total por trabalhador Remuneração bruta mensal média total por trabalhador (variação homóloga) Em relação a março de 2021: • Os maiores aumentos da remuneração total foram observados: » Nas “Atividades imobiliárias”: 6,4%; » Nas empresas de 1 a 4 trabalhadores: 6,2%; » No setor privado: 3,0%; » Nas empresas de “Serviços de alta tecnologia com forte intensidade de conhecimento”: 5,5%. • Registaram-se as seguintes variações negativas da remuneração total: » Nas atividades de “Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio”: -16,3%; » Nas empresas de 500 ou mais trabalhadores: -0,6%; » Nas empresas de “Alta tecnologia industrial”: -0,5%. Os resultados apresentados dizem respeito a cerca 4,3 milhões de postos de trabalho, correspondentes a beneficiários da Segurança Social e a subscritores da Caixa Geral de Aposentações. Mais informação: Remuneração bruta mensal média por trabalhador – 1.º trimestre de 2022 12 de maio de 2022 1 258 € 1 000 € 1 100 € 1 200 € 1 300 € 1 400 € 1 500 € 1 600 € dez-20 jan-21 fev-21 mar-21 abr-21 mai-21 jun-21 jul-21 ago-21 set-21 out-21 nov-21 dez-21 jan-22 fev-22 mar-22 2,2% 0,0% 1,0% 2,0% 3,0% 4,0% 5,0% 6,0% mar-21 abr-21 mai-21 jun-21 jul-21 ago-21 set-21 out-21 nov-21 dez-21 jan-22 fev-22 mar-22

MAIO 2022 11 BOLETIM MENSAL DE ESTATÍSTICA Índice de Custo do Trabalho aumentou 1,1% no 1.º trimestre de 2022 No 1.º trimestre de 2022, em termos homólogos : • O Índice de Custo do Trabalho (ICT) aumentou 1,1% (2,6% no trimestre anterior); • Os custos salariais por hora efetivamente trabalhada subiram 0,4% (2,6% no trimestre anterior); • Os outros custos, também por hora efetivamente trabalhada, cresceram 3,8% (2,5% no trimestre anterior). A variação do ICT é explicada pela evolução dos seguintes fatores: • No numerador, aumento de 3,1% no custo médio por trabalhador (+2,4% no trimestre anterior); O acréscimo foi transversal a todas as atividades económicas, sendo que: » A menor variação registou-se na Administração Pública (1,8%); » As variações mais expressivas foram observadas na Construção (4,7%) e nos Serviços (4,4%); • No denominador, aumento menor, de 2,6%, no número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador (+0,2% no trimestre anterior); Contribuíram para este acréscimo todas as atividades económicas, com exceção da Construção, no qual diminuiu 1,7%. O maior acréscimo foi observado na Administração Pública (4,0%). Em consequência, o ICT aumentou em todas as atividades económicas, exceto na Administração Pública, que registou uma redução de 1,9%. No que respeita a custos salariais em concreto, no 1.º trimestre de 2022 estes cresceram sobretudo na Construção (6,5%), enquanto na Administração Pública diminuíram 2,2%. Índice de Custo do Trabalho Valores ajustados de dias úteis (Variação homóloga ) 1 Os dados analisados neste destaque são ajustados de dias úteis. 1,1% 3,1% 2,6% -15,0% -10,0% -5,0% 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 1.º trim 2017 1.º trim 2018 1.º trim 2019 1.º trim 2020 1.º trim 2021 1.º trim 2022 Total Custo médio por trabalhador Horas efe�vamente trabalhadas por trabalhador

Edição 2022 12 BOLETIM MENSAL DE ESTATÍSTICA Comparação com a União Europeia A variação homóloga do ICT para o conjunto da União Europeia (27 países) foi de 2,3% no 4.º trimestre de 2021. É a informação mais recentemente disponibilizada pelo Eurostat, em18 demarço de 2021, sobre a variação homóloga do ICT por Estado-Membro e para o conjunto da UE. Portugal também registou um acréscimo homólogo de 2,3%. Índice de Custo do trabalho nos países da UE Valores ajustados de dias úteis - 4.º trimestre de 2021 (Variação homóloga) Mais informação: Índice de Custo do Trabalho – 1.º trimestre de 2022 13 de maio de 2022 -2,8% 0,3% 0,7% 1,4% 1,5% 1,5% 2,0% 2,3% 2,3% 2,4% 2,7% 2,8% 2,9% 2,9% 3,4% 4,0% 4,8% 5,1% 5,3% 6,7% 6,7% 7,8% 8,6% 9,2% 10,6% 11,3% 12,1% 15,3% Grécia Itália Espanha França Chipre Suécia Bélgica UE 27 Portugal Alemanha Malta Áustria Luxemburgo Países Baixos Dinamarca Finlândia Croácia Eslovénia Chéquia Irlanda Roménia Estónia Letónia Polónia Eslováquia Hungria Bulgária Lutuânia

MAIO 2022 13 BOLETIM MENSAL DE ESTATÍSTICA 25,6% dos desempregados no 4.º trimestre de 2021 transitaram para o emprego no 1.º trimestre de 2022 No 1.º trimestre de 2022, face ao trimestre anterior: • Das pessoas que estavam desempregadas: » 54,0% (178,7 mil) permaneceram nesse estado; » 25,6% (84,7 mil) transitaram para o emprego; » 20,4% (67,3 mil) transitaram para a inatividade; • Transitaram para o emprego: » Aproximadamente um em cada três desempregados de curta duração (33,4%; 57,5 mil); » Uma em cada nove pessoas pertencentes à “força de trabalho potencial” (11,4%; 17,9 mil); • Transitaram para um trabalho por conta de outrem 9,6% (69,8 mil) das pessoas que tinham um trabalho por conta própria; • Transitaram para um trabalho por conta própria 1,9% (76,1 mil) das pessoas que tinham um trabalho por conta de outrem; • Mais de um em cada cinco trabalhadores por conta de outrem que tinham um contrato de trabalho com termo ou outro tipo de contrato passaram a ter um contrato sem termo (22,0%; 146,3 mil); • Cerca de um em cada cinco empregados a tempo parcial (19,0%; 75,8 mil) passou a trabalhar a tempo completo; • Das pessoas que permaneceram empregadas, 3,6% (170,4 mil) mudaram de emprego. Emprego 2,2% 95,0% 54,0% 25,6% 2,6% 1,0% 20,4% 96,8% 2,3% Desemprego Inatividade (16-89)

Edição 2022 14 Os resultados do 4.º trimestre de 2021 relativos aos fluxos entre estados do mercado de trabalho da população com idade dos 15 aos 74 anos, divulgados pelo Eurostat em 13 de abril de 2022, mostram que: • A proporção de pessoas que, em Portugal, estavam desempregadas no 2.º trimestre do mesmo ano e transitaram para o emprego (27,7%) foi superior em2,3 p.p. ao valor apurado relativamente às pessoas nas mesmas circunstâncias no conjunto da UE; • No mesmo período, cerca de uma em cada cinco das pessoas desempregadas em Portugal transitaram para a inatividade (19,3%), ao passo que na União Europeia este fluxo representou cerca de uma em cada quatro (23,7%). Mais informação: Estatísticas de Fluxos entre Estados do Mercado de Trabalho – 1.º trimestre de 2022 18 de maio de 2022 Fluxos trimestrais entre estados do mercado de trabalho da população com idade dos 15 aos 74 anos na União Europeia (UE-27) e Portugal (em % do estado inicial) – 4.º trimestre de 2021 96,1 1,3 2,7 27,7 53,0 19,3 4,1 3,8 92,0 95,7 1,3 3,0 25,4 50,9 23,7 4,5 3,2 92,4 Permanência no emprego Do emprego para o desemprego Do emprego para a ina�vidade Do desemprego para o emprego Permanência no desemprego Do desemprego para a ina�vidade Da ina�vidade para o emprego Da ina�vidade para o desemprego Permanência na ina�vidade União Europeia (UE 27) Portugal

MAIO 2022 15 BOLETIM MENSAL DE ESTATÍSTICA Os imigrantes e seus descendentes eram cerca de 12% das pessoas dos 16 aos 74 anos de idade que residiam em Portugal em 2021 Em 2021, 951,4 mil (12,4%) pessoas dos 16 aos 74 anos de idade que residiam em Portugal tinham background imigratório, ou seja, as próprias ou pelo menos um dos seus pais nasceram fora de Portugal. Face às que tinham origem apenas em Portugal, erammais jovens, mais escolarizadas e estavam mais concentradas em áreas predominantemente urbanas. População residente dos 16 aos 74 anos, com e sem background migratório - algumas diferenças, 2021 Das pessoas com background imigratório: • 580,6 mil (7,6%) eram imigrantes; e • 370,8 (4,8%) eram descendentes de imigrantes. Relativamente aos imigrantes, constata-se que: • Têm origem sobretudo em países com os quais Portugal tem laços históricos; Imigrantes de 1.ª geração dos 16 aos 74 anos, por país de nascimento (%), Portugal, 2021 • Os oriundos de Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa correspondem a mais de um terço (36,7%) do total de imigrantes; • A larga maioria (70,4%) tem o português por língua materna; • Dois em cada cinco (39,8%) vieram para Portugal há mais de 40 anos; • 11,3% dos que tinham entre 25 e 64 anos de idade e estavam empregados indicaram ter sentido discriminação no contexto laboral; • 28,9% dos que tinham entre 25 e 64 anos de idade e estavam empregados indicaramque o seu emprego atual exige menos competências do que o que tinham antes de vir para Portugal. 49,3% 32,6% 79,7% 33,8% 23,8% 72,8% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 16 a 39 anos de idade Ensino superior completo Concentração em áreas predominante urbanas População com background imigratório População sem background imigratório Angola 21,5% França 19,3% Brasil 9,8% Moçambique 9,6% Venezuela 4,8% Outros 34,9%

Edição 2022 16 Por sua vez, os descendentes de imigrantes caracterizam-se por: • Os seus pais terem nascido sobretudo na União Europeia 27: 86,6% (como seria de esperar, já que na maioria destes casos um dos progenitores nasceu em Portugal); • Ao nível dos que tinham entre 25 e 64 anos de idade e estavam empregados, apresentaremuma situaçãomais desfavorável do que a dos imigrantes, no que respeita a taxas de atividade, taxas de emprego, taxas de desemprego e solidez da situação contratual. Imigrantes e descendentes de imigrantes dos 25 aos 64 anos – algumas diferenças, 2021 População residente dos 25 aos 64 anos segundo o tipo de background imigratório, por condição perante o trabalho, Portugal, 2021 Mais informação: Módulos ad hoc do Inquérito ao Emprego – Situação dos migrantes e seus descendentes no mercado de trabalho 20 de maio de 2022 83,2% 73,6% 11,5% 64,1% 86,2% 80,3% 6,8% 84,7% 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% 100,0% Taxa de a�vidade Taxa de emprego Taxa de desemprego Contrato sem termo Descendentes de imigrantes Imigrantes 80,3% 73,6% 79,5% 5,9% 9,6% 4,4% 13,8% 16,9% 16,1% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Imigrantes Descendentes de imigrantes Sem background imigratório Empregado Desempregado Ina�vo

MAIO 2022 17 BOLETIM MENSAL DE ESTATÍSTICA 5,8% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0% 14,0% 16,0% 18,0% abr-13 abr-14 abr-15 abr-16 abr-17 abr-18 abr-19 abr-20 abr-21 abr-22 11,2% 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% abr-13 abr-14 abr-15 abr-16 abr-17 abr-18 abr-19 abr-20 abr-21 abr-22 Em abril, a taxa de desemprego situou-se em 5,8% e a taxa de subutilização do trabalho em 11,2% As estimativas mensais apresentadas correspondem a trimestres móveis, cujo mês de referência é o mês central de cada um desses trimestres. Assim, as estimativas definitivas para março incluem os meses de fevereiro, março e abril, enquanto as estimativas provisórias para abril compreendem os meses de março, abril e maio. As estimativas são calculadas considerando a população de 15 a 74 anos e os valores são ajustados do efeito de sazonalidade. Em abril de 2022 (resultados provisórios): • A população empregada (4 882,7 mil pessoas) diminuiu 0,1% relativamente ao mês anterior e aumentou 3,5% comparativamente ao mês homólogo de 2021; • A população desempregada (300,4 mil) aumentou 0,3% face ao mês precedente e diminuiu 14,7% relativamente a abril de 2021; • A taxa de desemprego situou-se em 5,8%, valor igual ao do mês precedente e inferior em 1,1 p.p. ao de um ano antes; • A taxa de subutilização do trabalho situou-se em 11,2%, valor igual ao do mês anterior e que representa uma redução de 1,8 p.p. relativamente ao mês homólogo de 2021. (p) (p) Taxa de desemprego (valores ajustados de sazonalidade) (p) Estimativa provisória (p) Estimativa provisória Taxa de subutilização do trabalho (valores ajustados de sazonalidade) Em março de 2022: • A população empregada (4 889,2 mil) manteve-se praticamente inalterada em relação ao mês anterior e aumentou 4,0% face ao mês homólogo de 2021; • A população desempregada (294,4 mil) aumentou 2,1% em comparação com o mês precedente e diminuiu 11,2% relativamente a março de 2021; • A taxa de desemprego foi de 5,8%, valor superior em 0,1 p.p. ao do mês precedente e inferior em 0,9 p.p. ao de um ano antes;

Edição 2022 18 Taxa de desemprego* de jovens e adultos março e abril de 2022 * Os valores para omês mais recente são provisórios. Mais informação: Estimativas Mensais de Emprego e Desemprego – abril de 2022 31 de maio de 2022 • A taxa de subutilização do trabalho situou-se em 11,2%, mais 0,1 p.p. que no mês anterior e menos 1,7 p.p. que no mês homólogo de 2021; • Por comparação com o mês anterior, a população ativa aumentou 6,0 mil pessoas e a população inativa diminuiu 7,1 mil pessoas1; » A variação da população ativa resultou do acréscimo da população desempregada (6,1 mil; 2,1%), uma vez que a população empregada se manteve praticamente inalterada; » A evolução da população inativa foi explicada pela diminuição do número de outros inativos, que não estavam disponíveis para trabalhar nem procuraram emprego (5,8 mil; 0,2%) e do número de inativos disponíveis para trabalhar, mas que não procuraram trabalho (2,3 mil; 1,8%). 18,9% 4,9% 20,2% 5,0% População jovem População adulta abr-22 mar-22 1 As variações da população ativa e da população inativa não são necessariamente simétricas. Elas são igualmente influenciadas pelas variações da população total decorrentes dos saldos natural e migratório.

MAIO 2022 19 BOLETIM MENSAL DE ESTATÍSTICA Mais informação: Índice de Custos de Construção de Habitação Nova – março de 2022 10 de maio de 2022 Estima-se que, emmarço de 2022, se tenhamregistado as seguintes taxas de variação homóloga no âmbito dos custos de construção de habitação nova: • Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN): 11,6% (um acréscimo de 3,0 p.p. face ao mês anterior, determinado quase totalmente pela componente “preço dos materiais”); • Preço dos materiais: 15,3% (10,3% no mês anterior); • Custo da mão de obra: 6,4% (6,3% no mês anterior). No que respeita às variações em cadeia, as taxas estimadas para março de 2022 são: • ICCHN: 2,9% (1,5% em fevereiro); • Preços dos materiais: 4,6% (0,5% em fevereiro); • Custo da mão de obra: 0,6% (2,8% em fevereiro). Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (variação homóloga) Custos de construção aumentam 11,6% em termos homólogos Nota: Os valores para janeiro, fevereiro e março de 2022 são provisórios. 11,6% 15,3% 6,4% -2,0% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0% 14,0% 16,0% 18,0% março 2020 setembro 2020 março 2021 setembro 2021 março 2022 Total Materiais Mão de obra

Edição 2022 20 BOLETIM MENSAL DE ESTATÍSTICA Mais informação: Índice de Produção, Emprego e Remunerações na Construção – março de 2022 12 de maio de 2022 Produção na Construção cresceu 4,1% Em março de 2022, registaram-se as seguintes taxas de variação homóloga no sector da construção: • Índice de Produção1: 4,1% (valor idêntico ao observado em fevereiro), com as seguintes variações nos seus segmentos (iguais às do mês anterior): » “Construção de Edifícios”: 2,7%; » “Engenharia Civil”: 6,2%; • Índice de Emprego: 2,0% (2,3% no mês anterior); • Índice de Remunerações: 8,9% (6,9% em fevereiro). Índice de Produção na Construção (variação homóloga) Índices de Emprego e de Remunerações (variação homóloga) 1 Média móvel de 3 meses ajustada de efeitos de calendário e sazonalidade. 4,1% -10,0% -8,0% -6,0% -4,0% -2,0% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% mar-19 mai-19 jul-19 set-19 nov-19 jan-20 mar-20 mai-20 jul-20 set-20 nov-20 jan-21 mar-21 mai-21 jul-21 set-21 nov-21 jan-22 mar-22 8,9% 2,0% -15,0% -10,0% -5,0% 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% mar-19 mai-19 jul-19 set-19 nov-19 jan-20 mar-20 mai-20 jul-20 set-20 nov-20 jan-21 mar-21 mai-21 jul-21 set-21 nov-21 jan-22 mar-22 Remunerações Emprego

MAIO 2022 21 BOLETIM MENSAL DE ESTATÍSTICA Taxa de juro no crédito à habitação subiu para 0,805%, capital em dívida e prestação mensal fixaram-se em 59 242 euros e 257 euros, respetivamente Em abril de 2022: • A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação registou o valor de 0,805% (0,794% no mês anterior); • Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro subiu para 0,857% (0,831% em março); • O capital médio em dívida para a totalidade dos contratos aumentou 519 euros face a março, fixando-se em 59 242 euros; Taxa de juro implícita nos contratos de crédito à habitação Capital médio em dívida • O valor médio da prestação aumentou para 257 euros (mais 2 euros que no mês anterior); • A taxa de juro implícita para o total dos contratos para aquisição de habitação (o destino de financiamento mais relevante no conjunto do crédito à habitação) subiu para 0,805% (+1,1 pontos base (p.b.) que em março); Nos contratos desta natureza celebrados nos últimos 3 meses, a taxa foi de 0,857% (0,831% no mês precedente). Mais informação: Taxas de Juro Implícitas no Crédito à Habitação – abril de 2022 20 de maio de 2022 0,805% 0,780% 0,830% 0,880% 0,930% 0,980% 1,030% 1,080% abr-19 jul-19 out-19 jan-20 abr-20 jul-20 out-20 jan-21 abr-21 jul-21 out-21 jan-22 abr-22 59 242 € 50 000 € 52 000 € 54 000 € 56 000 € 58 000 € 60 000 € abr-19 jul-19 out-19 jan-20 abr-20 jul-20 out-20 jan-21 abr-21 jul-21 out-21 jan-22 abr-22

Edição 2022 22 BOLETIM MENSAL DE ESTATÍSTICA Avaliação bancária na habitação subiu para 1 356 euros por metro quadrado O valor mediano de avaliação bancária em abril de 2022 foi 1 356 euros por m2, mais 25 euros (1,9%) que o observado em março. O maior aumento face ao mês precedente registou-se no Centro (1,7%) e apenas as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira apresentaram uma variação em cadeia negativa (-0,5% e -0,3%, respetivamente). Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o valor mediano das avaliações aumentou 13,0% (12,1% em março). A variação mais intensa registou-se no Algarve (16,2%) e a mais reduzida ocorreu na Região Autónoma dos Açores (6,7%). Valor Mediano de Avaliação Bancária – abril de 2022 Apartamentos e Moradias Emabril, o número de avaliações bancárias reportadas, subjacente aos resultados apresentados, foi cerca de 32,3 mil, mais 15,0% que no mesmo mês do ano anterior. Tenha-se em conta que esta evolução deverá estar influenciada por um efeito de base decorrente do agravamento, nos primeiros meses de 2021, das medidas de contenção associadas à situação de pandemia. Das avaliações reportadas: • Cerca de 20,7 mil foram avaliações de apartamentos; • Cerca de 11,6 mil incidiram sobre moradias. Em comparação com o mês anterior, realizaram-se mais 300 avaliações bancárias (+0,9%). A análise por tipo de habitação revela que, em abril de 2022 e em termos homólogos, o valor mediano de avaliação bancária: • Nos apartamentos, aumentou 14,7%, fixando-se em 1 507 euros/m2; • Nas moradias, subiu 8,3%, para 1 083 euros/m2. Em abril de 2022, face ao mês anterior, o valor mediano de avaliação bancária: • Nos apartamentos: » T2 subiu 24 euros, para 1 529 euros/m2; » T3 aumentou 29 euros, para 1 345 euros/m2; Estas duas tipologias representaram, no conjunto, 80,0% das avaliações de apartamentos realizadas; • Nas moradias: » T2 subiu 8 euros, para 1 055 euros/m2; » T3 aumentou 22 euros, para 1 067 euros/m2; » T4 cresceu 13 euros, para 1 117 euros/m2; O conjunto destas três tipologias representou 88,9% das avaliações de moradias. Mais informação: Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação – abril de 2022 27 de maio de 2022 1 507 € 1 083 € 0 500 1 000 1 500 2 000 Alentejo Centro Norte RA Açores RA Madeira Algarve AM Lisboa Portugal Moradias Apartamentos euros/m2

MAIO 2022 23 BOLETIM MENSAL DE ESTATÍSTICA Exportações e importações aumentaram 13,6% e 30,0% em termos nominais Em março de 2022, em termos homólogos: • As exportações e as importações de bens registaram aumentos nominais de 13,6% e 30,0%, respetivamente (+19,9% e +43,3% no mês anterior, pela mesma ordem); • Em termos de exportações, destacam-se: » Um aumento de 24,8% nos “Fornecimentos industriais”, sobretudo de “Produtos transformados” e principalmente para Espanha; » Um decréscimo de 6,9% no “Material de transporte”, em particular no destinado a Espanha e ao Reino Unido; • Por sua vez, nas importações, salientam-se: » Um acréscimo de 132,8% nos “Combustíveis e lubrificantes”, particularmente vincado nos oriundos dos Estados Unidos (188,6%); » Um aumento de 24,8% nos “Fornecimentos industriais” (de igual expressão, portanto, ao registado nas exportações); • Excluindo“Combustíveis e lubrificantes”, as exportações cresceram 12,4% e as importações 20,2%, respetivamente (+17,0% e +32,7% no mês anterior, pela mesma ordem); Exportações – Total (variação homóloga) • O défice da balança comercial atingiu 2 415 milhões de euros, o que representa um aumento de 1 290 milhões de euros; • Excluindo “Combustíveis e lubrificantes”, o défice situou-se em 1 447 milhões de euros, aumentando 599 milhões de euros. No 1.º trimestre de 2022: • Relativamente a um ano antes, as exportações e as importações de bens aumentaram 18,2% e 36,8%, respetivamente (+22,0% e +39,6%, pela mesma ordem, no trimestre terminado em fevereiro de 2022); • Comparando com o 1.º trimestre de 2020, registaram-se acréscimos de 25,6% nas exportações e de 29,0% nas importações (+21,5% e +25,9%, pela mesma ordem, face ao 1.º trimestre de 2019). Importações – Total (variação homóloga) Mais informação: Estatísticas do Comércio Internacional – março de 2022 10 de maio de 2022 13,6% -60,0% -40,0% -20,0% 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0% mar-20 abr-20 mai-20 jun-20 jul-20 ago-20 set-20 out-20 nov-20 dez-20 jan-21 fev-21 mar-21 abr-21 mai-21 jun-21 jul-21 ago-21 set-21 out-21 nov-21 dez-21 jan-22 fev-22 mar-22 30,0% -60,0% -40,0% -20,0% 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% 80,0% 100,0% mar-20 abr-20 mai-20 jun-20 jul-20 ago-20 set-20 out-20 nov-20 dez-20 jan-21 fev-21 mar-21 abr-21 mai-21 jun-21 jul-21 ago-21 set-21 out-21 nov-21 dez-21 jan-22 fev-22 mar-22

Edição 2022 24 BOLETIM MENSAL DE ESTATÍSTICA Volume de Negócios nos Serviços cresceu 32,7% Em março de 2022, em termos homólogos: • O Índice de Volume de Negócios nos Serviços1 (IVNES) apresentou uma variação nominal de 32,7% (+2,6 p.p. que no mês precedente). Destaca- -se a forte recuperação no “Alojamento, restauração e similares”, com um crescimento de 150,9%; • Os restantes índices relativos aos Serviços apresentaram as seguintes variações: » Emprego: 7,4% (6,2% em fevereiro); » Remunerações: 8,9% (6,0% em fevereiro); » Horas trabalhadas (ajustado de efeitos de calendário): 18,2% (21,9% em fevereiro); A variação mensal do IVNES em março de 2022 foi 6,3% (1,8% no mês anterior). No 1.º trimestre de 2022, o IVNES apresentou um crescimento homólogo de 27,9% (17,5% no trimestre anterior). 1 Dados nominais ajustados dos efeitos de calendário e da sazonalidade. Índice de Volume de Negócios (variação homóloga) Total Índice de Volume de Negócios (variação homóloga) Comércio por grosso, comércio e reparação de veículos e motociclos Índice de Volume de Negócios (variação homóloga) Alojamento, restauração e similares Índice de Volume de Negócios nos Serviços (variação homóloga) Transportes e armazenagem Mais informação: Índices de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas nos Serviços – março de 2022 11 de maio de 2022 32,7% 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% mar-21 mai-21 jul-21 set-21 nov-21 jan-22 mar-22 29,0% 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% mar-21 mai-21 jul-21 set-21 nov-21 jan-22 mar-22 150,9% -50,0% 0,0% 50,0% 100,0% 150,0% 200,0% mar-21 mai-21 jul-21 set-21 nov-21 jan-22 mar-22 44,0% -20,0% -10,0% 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% mar-21 mai-21 jul-21 set-21 nov-21 jan-22 mar-22

MAIO 2022 25 BOLETIM MENSAL DE ESTATÍSTICA Taxa de variação homóloga do IPC continua a aumentar e situa-se em 7,2% O Índice de Preços no Consumidor (IPC) registou, em abril de 2022, as seguintes variações em termos homólogos: • IPC total: 7,2% (5,3% no mês anterior), o valor mais elevado desde março de 1993; • Indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos): 5,0% (3,8% em março), o valor mais alto desde setembro de 1995; • Índice referente aos produtos energéticos: 26,7% (19,8% no mês precedente), o valor mais elevado desde maio de 1985; • Índice relativo aos produtos alimentares não transformados: 9,4% (5,8% em março). Índices de preços no consumidor e de inflação subjacente (taxa de variação homóloga e média dos últimos 12 meses) Em abril de 2022, o IPC registou ainda as seguintes taxas de variação: • Mensal: 2,2% (2,5% no mês precedente e 0,4% em abril de 2021); • Mensal, excluindo os produtos alimentares não transformados e energéticos: 1,5% (2,2% no mês anterior e 0,4% em abril de 2021); • Média dos últimos 12 meses: 2,8% (2,2% no mês precedente). 2,8% 7,2% 5,0% -1,0% 0,0% 1,0% 2,0% 3,0% 4,0% 5,0% 6,0% 7,0% 8,0% Apr-18 Jul-18 Oct-18 Jan-19 Apr-19 Jul-19 Oct-19 Jan-20 Apr-20 Jul-20 Oct-20 Jan-21 Apr-21 Jul-21 Oct-21 Jan-22 Apr-22 IPC (tx var média dos úl�mos 12 meses) IPC (tx var homóloga) Inflação subjacente (tx var homóloga)

Edição 2022 26 Índice Harmonizado de Preços no Consumidor Variação homóloga nos países da Área do Euro, abril de 2022 No que respeita ao Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), em abril de 2022 observaram-se as seguintes taxas de variação: • Homóloga: 7,4%, que constitui o novo valor mais elevado desde o início da série, em 1996 (+1,9 p.p. que no mês anterior e -0,1 p.p. que o valor estimado pelo Eurostat para a Área do Euro (AE) (+1,9 p.p. em março); Excluindo os produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 5,3% (4,1% em março), superior à taxa correspondente para a AE (estimada em 3,9%), mantendo o perfil ascendente verificado nos últimos meses; • Mensal: 2,4% (2,6% no mês anterior e 0,5% em abril de 2021); • Média dos últimos 12 meses: 2,6% (2,0% no mês precedente). Mais informação: Índice de Preços no Consumidor – abril de 2022 11 de maio de 2022 4,9% 5,5% 5,6% 6,6% 7,2% 7,3% 7,4% 7,4% 7,5% 7,8% 8,3% 8,6% 9,0% 9,3% 9,4% 10,9% 11,2% 13,2% 16,6% 19,0% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0% 14,0% 16,0% 18,0% 20,0% Malta França Finlândia Itália Áustria Irlanda Portugal Eslovénia Área do Euro Alemanha Espanha Chipre Luxemburgo Bélgica Grécia Eslováquia Países Baixos Letónia Lituânia Estónia

MAIO 2022 27 BOLETIM MENSAL DE ESTATÍSTICA Preços na Produção Industrial aumentaram 24,6% Em abril de 2022, em termos homólogos: • O Índice de Preços na Produção Industrial (IPPI) apresentou um aumento de 24,6%, um resultado inferior em 1,9 p.p. ao observado no mês anterior; A desaceleração observada foi determinada pelo agrupamento “Energia”, que passou de uma taxa de variação homóloga de 82,3% em março para 61,5% em abril, com a eletricidade a baixar de 103,9% em março para 47,8%; • Excluindo a “Energia”, a variação dos preços na produção industrial foi 15,8% (13,7% em março); • O preço dos “Bens intermédios” aumentou 23,3% (20,5% em março). A variação mensal do IPPI foi nula em abril (1,5% em igual período de 2021). Índice de Preços na Produção Industrial (variação homóloga) Índice Total e Grandes Agrupamentos Industriais (variação mensal) Mais informação: Índices de Preços na Produção Industrial – abril de 2022 18 de maio de 2022 24,6% -10,0% -5,0% 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% abr-19 jul-19 out-19 jan-20 abr-20 jul-20 out-20 jan-21 abr-21 jul-21 out-21 jan-22 abr-22 1,5% 0,1% 1,9% 0,2% 4,2% 0,0% 1,6% 4,2% 1,1% -7,7% -10,0% -8,0% -6,0% -4,0% -2,0% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% Total Bens de Consumo Bens Intermédios Bens de Inves�mento Energia abril de 2021 abril de 2022

Edição 2022 28 BOLETIM MENSAL DE ESTATÍSTICA Preços dos imóveis comerciais aumentaram 5,1% em 2021 Em2021, o Índice de Preços das Propriedades Comerciais (IPPCom) aumentou 5,1%, mais 2,3 p.p. que no ano anterior. Foi o aumento de preços mais elevado desde 2010. À semelhança do que tem vindo a registar-se desde 2016, o crescimento dos preços das propriedades comerciais foi menos intenso do que o observado nas habitações, que atingiu 9,4%. Índice de Preços das Propriedades Comerciais e Índice de Preços da Habitação Variação anual (%), 2015-2021 5,1 9,4 0 2 4 6 8 10 12 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 Índice de Preços das Propriedades Comerciais Índice de Preços da Habitação Mais informação: Índice de Preços das Propriedades Comerciais – 2021 26 de maio de 2022

MAIO 2022 29 BOLETIM MENSAL DE ESTATÍSTICA Taxa de variação homóloga do IPC estimada em 8,0% Estimativa rápida Com base na informação já apurada, estima-se que em maio de 2022 se terão registado as seguintes taxas de variação em termos homólogos: • Índice de Preços no Consumidor (IPC) total: 8,0%, o valor mais elevado desde fevereiro de 1993; • Indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos): 5,6%, o registo mais alto desde outubro de 1994; • Índice relativo aos produtos energéticos: 27,2%, o resultado mais elevado desde fevereiro de 1985; • Índice referente aos produtos alimentares não transformados: 11,7%. Face ao mês anterior, a variação do IPC em maio ter-se-á fixado em 1,0% (2,2% no mês precedente e 0,2% em maio de 2021). Estima-se que, em maio de 2022, a variação média do IPC nos últimos doze meses tenha sido de 3,4% (2,8% no mês anterior). Mais informação: Estimativa Rápida do IPC/IHPC – maio de 2022 31 de maio de 2022 Variação Mensal (%)1 Variação Homóloga (%)1 abr-22 mai-22 * abr-22 mai-22* IPC Total 2,20 1,00 7,20 8,02 Total exceto habitação 2,29 1,03 7,40 8,25 Total exc. prod. alim. não transf. e energ. 1,48 0,76 4,96 5,60 Produtos alimentares não transformados 4,25 2,35 9,41 11,66 Produtos energéticos 6,04 1,36 26,72 27,25 IHPC Total 2,4 1,0 7,4 8,1 1 Valores arredondados a duas e a uma casas decimais. * Valores estimados O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (HIPC) – indicador de inflação mais apropriado para comparações entre os diferentes países da União Europeia, e em particular na Área do Euro –, terá registado em Portugal, em maio de 2022, uma variação homóloga de 8,1%.

Edição 2022 30 BOLETIM MENSAL DE ESTATÍSTICA Número de nados-vivos diminuiu 1,2% em comparação commarço de 2021 Mortalidade Em abril de 2022: • O número de óbitos foi 10 120, valor inferior ao registado no mês precedente (-661 óbitos; -6,1%) e superior ao observado em abril de 2021 (+1 694; +20,1%); Óbitos e variação homóloga, Portugal, janeiro de 2019 a abril de 2022 Natalidade Em março de 2022, registaram-se 6 573 nados-vivos, correspondendo a uma redução de 1,2% (-80) relativamente ao mês homólogo de 2021. Nados-vivos e variação homóloga, Portugal, janeiro de 2019 a março de 2022 • O número de óbitos por COVID-19: » Foi de 590, representando 5,8% do total de óbitos; » Diminuiu face ao mês anterior (-55 óbitos) e aumentou relativamente a abril de 2021 (+473). De janeiro a abril de 2022, registaram-se 43 321 óbitos, menos 7 150 do que no período homólogo de 2021 (-14,2%). O número total de nados-vivos registado no primeiro trimestre de 2022 (19 028) foi superior ao verificado no mesmo período de 2021 (18 390), o que representa um aumento de 638 (3,5%) nados-vivos. 9 530 590 -40 -20 0 20 40 60 80 -10 000 -5 000 0 5 000 10 000 15 000 20 000 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr 2019 2020 2021 2022 % N.º Óbitos excluindo COVID-19 (Eixo Esq.) Óbitos COVID-19 (Eixo Esq.) Variação homóloga (Eixo Dir.) PANDEMIA COVID-19 PANDEMIA COVID-19 6 573 -20 0 20 40 -5 000 0 5 000 10 000 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar 2019 2020 2021 2022 % N.º Nados-vivos (Eixo Esq.) Variação homóloga (Eixo Dir.)

MAIO 31 Saldo natural Nos meses de fevereiro e março de 2022, o saldo natural foi de -4 502 e de -4 177, respetivamente. O valor do saldo natural verificado em março agravou-se relativamente ao mês homólogo de 2021, quando foi registado o valor de -2 956. No primeiro trimestre de 2022, o valor acumulado do saldo natural foi de -14 103, apresentando um desagravamento acentuado relativamente ao valor observado no mesmo período de 2021 (-23 641). Nados-vivos, óbitos e saldo natural, Portugal, janeiro de 2019 a março de 2022 Casamentos Em fevereiro e março de 2022, celebraram-se, respetivamente, 1 401 e 1 680 casamentos, correspondendo a 7,9 e 3,8 vezes o número de casamentos realizados nos meses de fevereiro e março de 2021 (mais 1 224 e mais 1 236 casamentos). De janeiro amarço de 2022 foramcelebrados 4 223 casamentos, mais 2 788 do que no período homólogo de 2021 e, respetivamente, mais 242 e 268 do que nos períodos homólogos de 2019 e de 2020. Casamentos e variação homóloga, Portugal, janeiro de 2019 a março de 2022 Mais informação: Estatísticas vitais – Dados mensais, abril 2022 13 de maio de 2022 -20 000 -15 000 -10 000 -5 000 0 5 000 10 000 15 000 20 000 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar 2019 2020 2021 2022 Saldo natural Nados-vivos Óbitos N.º PANDEMIA COVID-19 1 680 278% -600% -300% 0% 300% 600% 900% 1 200% -5 000 0 5 000 10 000 Jan Feb Mar Apr May Jun Jul Aug Sep Oct Nov Dec Jan Feb Mar Apr May Jun Jul Aug Sep Oct Nov Dec Jan Feb Mar Apr May Jun Jul Aug Sep Oct Nov Dec Jan Feb Mar 2019 2020 2021 2022 % N.º Casamentos (Eixo Esq.) Variação homóloga (Eixo Dir.)

Edição 2022 32 BOLETIM MENSAL DE ESTATÍSTICA Mortalidade por COVID-19 mais elevada e prematura nos homens, em 2020 Em 2020, a COVID-19 causou 7 125 óbitos1 em Portugal. Este registo correspondeu a 5,8% do total apurado para o país, fazendo desta nova doença a segunda principal causa de morte nesse ano. A mortalidade por COVID-19 surgiu mais associada: • À idade: as taxas de mortalidade por COVID-19 aumentaram claramente a partir dos 55 e atingiram o máximo entre as pessoas com 85 e mais anos de idade; • A umperíodo do ano: 64,0%das mortes causadas por COVID-19 (4 558 óbitos) ocorreram nos meses de novembro e dezembro de 2020; e • Ao sexo: a taxa de mortalidade em geral (69,0 óbitos por cada 100 mil residentes) resultou de contributos díspares, sendo de: » 76,4 por 100 mil nos homens; e » 62,5 por 100 mil nas mulheres. Esta associação ao sexo refletiu não apenas na mortalidade, mas também na idade média ao óbito, que foi mais elevada nas mulheres (83,4 anos) do que nos homens (79,9 anos). 1 Os valores apresentados têm em conta a causa básica de morte, ou seja, a doença que iniciou a cadeia de acontecimentos patológicos que conduziram à morte. As normas da Organização Mundial da Saúde (OMS) ditaram que a causa básica de morte nos óbitos por COVID-19 não fosse classificada como parte das “doenças respiratórias”, mas antes nos códigos para usos especiais U00 a U99 da Classificação Internacional de Doenças (CID-10). Óbitos (N.º) em 2019 e 2020, individualizando a causa emergente COVID-19 112 334 116 595 7 125 0 20 000 40 000 60 000 80 000 100 000 120 000 140 000 2019 2020 Outras causas COVID-19

MAIO 33 As doenças do aparelho circulatório, em geral, estiveram em 2020 na origem de 34 593 óbitos, subindo 2,9% em relação ao ano anterior. Contudo, perderam importância em termos relativos (menos 1,9 p.p. do que no ano anterior e menos 1,0 p.p. do que em 2018). Dentro deste grupo, as doenças cerebrovasculares, também designadas por acidentes vasculares cerebrais (AVC), apesar de igualmente virem perdendo importância relativa, mantiveram-se em 2020 como principal causa de morte (9,2%) ao seu nível de desagregação. Contudo, a importância relativa dos AVC neste ano só decresceu pelo facto de o aumento do seu número (+4,2% em relação ao ano anterior) ter sido ultrapassado em muito pelo crescimento dos óbitos em geral (+10,1% face a 2019). Em contrapartida, ainda ao nível de doenças do aparelho circulatório, registaram-semenos óbitos por doença isquémica do coração (6 838 óbitos) e por enfarte agudo do miocárdio (4 086 óbitos), em ambos os casos menos 4,4% do que em 2019. Taxa de mortalidade, por sexo, em 2020 Idade média ao óbito, por sexo, em 2020 76,4 62,5 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Homens Mulheres por 100 mil 79,9 83,4 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 Homens Mulheres anos de idade As doenças respiratórias, em geral, causaram em 2020 menos óbitos do que em 2019 (de 12 243 passaram a 11 266, ou seja -8,0%). Neste âmbito, destacam-se as 4 359 mortes provocadas por pneumonia, ainda que a redução de 7,3% observada face ao ano anterior dê continuidade à tendência de decréscimo do seu peso no total dos óbitos verificados (5,1%, 4,2% e 3,5% da mortalidade ocorrida em 2018, 2019 e 2020, respetivamente). Também decaíram as mortes provocadas por tumores malignos da traqueia, brônquios e pulmão, tanto em termos absolutos (4 318, menos 2,0% face a 2019), como relativos (3,5%, menos 0,4 p.p. do que no ano anterior). Por sua vez, os tumores malignos do cólon, reto e ânus representaram 3,1% da mortalidade em 2020 (3,4% em 2019), com 3 810 óbitos. Óbitos (N.º) por causas de morte selecionadas em 2020 3 810 4 086 4 116 4 318 4 359 6 838 7 125 11 439 Tumor maligno do cólon, reto e ânus Enfarte agudo do miocárdio Diabetes mellitus Tumor maligno da traqueia, brônquios e pulmão Pneumonia Doenças isquémicas do coração COVID -19 Doenças cerebrovasculares 0 2 000 4 000 6 000 8 000 10 000 12 000 Mais informação: Causas de morte – 2020, Resultados provisórios 16 de maio de 2022

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