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Estrutura do saldo migratório na Região Alentejo de 1991 a 2001 e sua influência na dinâmica populacional
Maria Filomena Mendes > Revista de Estudos Demográficos > INE, 2008, p. 5 - 29

Resumo

Apesar do agravamento do saldo natural negativo da população na Região Alentejo desde a década de 80, os dados dos recenseamentos de 1991 e 2001 permitiram demonstrar a existência de um saldo migratório positivo naquele período. O objectivo do presente estudo foi o de avaliar o efeito do nível de imigração (superior ao da emigração) sobre a evolução recente daquela população e perspectivar o futuro demográfico da Região caso se mantivesse o saldo migratório positivo. A análise das migrações é sempre difícil já que os dados demográficos
de base ou são inexistentes, ou apresentam muitas lacunas, principalmente quando se trata de um estudo de carácter regional, em que não só são necessários dados exactos sobre as migrações internacionais como também sobre as internas. Na estimação da migração líquida e na avaliação do contributo da imigração para o crescimento populacional observado foram utilizados métodos indirectos.
Este exercício pretende mostrar o impacto que teria a dinâmica migratória na estrutura populacional da Região, isto é, se a invariabilidade de um saldo migratório positivo, com a mesma estrutura por sexos e idades, seria, ou não, demograficamente favorável para a Região. Os resultados obtidos demonstraram que a distribuição por idades do saldo migratório foi negativa para a demografia da Região. A projecção elaborada para os próximos 20 anos, considerando constante o quadro migratório observado, sugere que, apesar daquele quadro poder atenuar o ritmo de declínio da população considerada no seu conjunto, o mesmo agravaria substancialmente o seu envelhecimento e reduziria a população em idade potencialmente activa.

palavras-chave: migração líquida, dinâmica populacional, Região Alentejo, projecções demográficas.


Estudo
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