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Padrões de casamento entre os imigrantes em Portugal
Ana Cristina Ferreira   , Madalena Ramos > Revista de Estudos Demográficos > INE, 2008, p. 79 - 107

Resumo

Em cerca de uma década apenas o número de estrangeiros residentes em Portugal aumenta em 137%, passando de 172912 em 1996 para 409185 em 2006. Este crescimento do número de imigrantes tem, obviamente, consequências no contexto do casamento. Os dados para os casamentos ocorridos entre 2001 e 2005, fornecidos pelas estatísticas oficiais nacionais, indicam que os casamentos nos quais pelo menos um dos cônjuges nasceu fora de Portugal, aumentou 107,8% naquele período de tempo, passando de 2063 para 4287.
Pretendemos com esta investigação perceber como casam os imigrantes em Portugal. Para o efeito foi feita a análise estatística dos micro-dados provenientes do INE, relativos aos casamentos em 2005, de forma a caracterizar e definir padrões nos casamentos em que estiveram envolvidos grupos de imigrantes em Portugal. A análise incidiu sobre cinco naturalidades, correspondentes aos grupos maioritários em Portugal e associados a fluxos distintos na história da imigração (Angola, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Brasil e Ucrânia).
Foram analisados os padrões de casamento existentes não só entre portugueses e não nacionais, bem como entre não nacionais entre si. Sendo a endogamia a nível das naturalidades um tema importante nesta investigação, outras características como a nacionalidade, as habilitações, a idade, o estado civil anterior, a existência de filhos, entre outros factores, poderão também estruturar diferentes tipos de estratégias de nupcialidade na sociedade actual, tendo por isso sido igualmente objecto de análise.

palavras-chave: endogamia; exogamia; homogamia educacional; homogamia etária, imigrantes; padrões de casamento


Estudo
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