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Saúde e despesa em saúde num Portugal envelhecido
João Estevens > Revista de Estudos Demográficos > INE, 2017, p. 41 - 63

Resumo

A população portuguesa sofreu um substancial aumento da esperança média de vida nas últimas quatro décadas. No mesmo período, registou-se um progressivo aumento da despesa em saúde. Existe uma correlação positiva forte entre estas duas variáveis? Face ao esperado aumento da esperança média de vida dos portugueses, é expectável um aumento da despesa em saúde?

Esta investigação tem por objectivo perceber o impacte do envelhecimento populacional na saúde e, consequentemente, nos gastos em saúde. É, simultaneamente, uma análise qualitativa (revisão da literatura) e quantitativa (análise e tratamento de dados), que se centra no estudo do caso português e compreende o período entre 1970 e 2014, que corresponde a uma fase de profundas alterações, quer em termos de dinâmicas e configuração demográfica, quer ao nível das condições de vida dos portugueses, designadamente em
termos de acesso a cuidados de saúde.

Os resultados desta investigação não parecem identificar o envelhecimento da população como um dos principais determinantes da despesa em saúde, pelo que o esperado aumento dos níveis médios de envelhecimento individual e demográfico não terão de representar necessariamente um acréscimo da despesa em saúde nos próximos anos. Esta constatação não invalida que a existência de uma população mais envelhecida coloque novos desafios ao sistema de saúde português, em particular na organização da sua estrutura e no tipo de respostas que são oferecidas aos cidadãos.


palavras-chave: envelhecimento, saúde, despesa em saúde, Portugal


Estudo
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