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Resumo
Durante o segundo trimestre de 2005 não se registaram sinais de melhoria na actividade económica, pelo que esta se manteve deprimida, podendo mesmo ter-se agravado a situação face ao trimestre anterior. Do lado da procura interna, a informação disponível até Maio aponta para uma desaceleração do consumo privado. Porém, em Junho poderá ter ocorrido uma antecipação de compras de bens de consumo duradouro, por efeito da subida do IVA no mês seguinte, que tenha contrariado esta tendência. O investimento deverá ter continuado a evoluir negativamente, agravando o movimento do trimestre anterior. A informação ainda escassa sobre as trocas comerciais com o exterior aponta para abrandamentos de ambos os fluxos, mantendo-se porém um diferencial significativo entre o das importações e o das exportações. No mercado de trabalho, acentuou-se o crescimento do desemprego declarado, se bem que tenha havido, pela primeira vez desde Abril de 2004, um crescimento das ofertas de emprego. A inflação desacelerou, em resultado da evolução dos bens, ainda que intra-trimestralmente tenham ocorrido movimentos diferenciados, sendo de assinalar a desaceleração em Junho dos serviços, em parte devido a um efeito de base favorável, relacionado com o Euro 2004.