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27,9% da população empregada em Portugal utiliza dispositivos digitais na totalidade ou na maior parte do tempo de trabalho, abaixo da média de 28,5% da UE
Módulos ad hoc do Inquérito ao Emprego
Competências Profissionais
27,9% da população empregada em Portugal utiliza dispositivos digitais na totalidade ou na maior parte do tempo de trabalho, abaixo da média de 28,5% da UE - 2022
30 de junho de 2023

Resumo

O módulo ad hoc de 2022 do Inquérito ao Emprego, sobre “Competências profissionais”, foca-se no tempo despendido na utilização de competências específicas em tarefas cognitivas (leitura e cálculo), manuais (trabalhos físicos árduos e destreza manual), sociais (formação e comunicação verbal com pessoas internas e externas à organização de trabalho) e em métodos de trabalho (autonomia, repetitividade e padronização das tarefas).

Cerca de 13,5% dos respondentes indicaram gastar, pelo menos, metade do tempo de trabalho em leitura de documentos técnicos e 9,2% a efetuar cálculos relativamente complexos. Em ambos os casos, esta proporção foi mais elevada nas “Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares” (34,1% e 27,9%, respetivamente).

Do total de respondentes, 26,1% indicaram gastar a maior parte do seu tempo profissional em trabalhos físicos árduos e 15,2% em tarefas que exigem destreza manual. O sector primário (61,0%) e o secundário (25,7%) destacaram-se no tempo dedicado a estas tarefas, respetivamente.

Apenas 10,0% dos respondentes indicaram não despender qualquer tempo a interagir sobre assuntos profissionais com pessoas internas à organização de trabalho, sendo esta resposta mais comum no sector primário (27,8%). Por outro lado, 31,8% indicaram dedicar, pelo menos, metade do tempo de trabalho a interagir com pessoas externas, com destaque para as atividades de “Educação” (53,3%). Já a competência de formação ocupa a maior parte do tempo de trabalho de 13,1% dos respondentes, nomeadamente os envolvidos em atividades de “Educação” (49,4%).

Relativamente ao uso de dispositivos digitais para fins profissionais, 26,8% dos respondentes indicaram passar a totalidade ou a maior parte do seu tempo a trabalhar com recurso a estes dispositivos, sendo esta resposta mais comum nas “Atividades de informação e de comunicação” (84,3%). Restringindo a análise à população empregada dos 15 aos 74 anos, a média europeia foi de 28,5% e a média nacional foi de 27,9%, situando Portugal como o 15.º país da UE-27 com maior uso de dispositivos digitais para fins profissionais.

Quase 30% dos respondentes indicaram que o seu trabalho envolve sempre ou quase sempre tarefas repetitivas, principalmente no sector primário (39,2%), 26,0% que realizam sempre ou quase sempre tarefas padronizadas, nomeadamente os profissionais das “Forças Armadas” (44,0%), e 39,9% indicaram ter total ou muita autonomia para decidir a ordem e/ou o conteúdo das tarefas que desempenham, com destaque para os “Representantes do poder legislativo e de órgãos executivos, dirigentes, diretores e gestores executivos” (77,1%).


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