O índice de preços na produção industrial registou uma variação homóloga de -6,2% em novembro (após ter registado -4,9% em outubro), apresentando uma taxa negativa pelo oitavo mês consecutivo. O agrupamento de Energia continuou a ser decisivo para a redução do índice total, com uma taxa de -18,9%. Excluindo a componente energética, este índice atingiu em novembro uma variação homóloga de -2,3%, que constitui um novo mínimo da série. O índice relativo aos bens de consumo registou um crescimento homólogo de 1,8% (2,8% no mês anterior), prolongando o perfil de desaceleração iniciado em dezembro, após ter atingido em novembro de 2022 o valor mais elevado da série (16,2%).
A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 1,5% em novembro, taxa inferior em 0,6 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior. A variação homóloga do agregado relativo aos produtos energéticos fixou-se em -12,4% (-12,1% no mês precedente) e o índice referente aos produtos alimentares não transformados desacelerou para 3,5% (4,0% em outubro). Na vertente externa, os preços implícitos das exportações e das importações de bens, em outubro, registaram variações de -4,6% nas exportações e -5,9% nas importações, respetivamente (-4,7% e -6,9% em setembro). Excluindo os produtos petrolíferos, registaram-se decréscimos menos expressivos, de -2,9% nas exportações e -4,7% nas importações.
Os indicadores de curto prazo relativos à atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis para outubro, apontam, em termos homólogos, para uma aceleração em volume da construção e em termos nominais dos serviços e para diminuições menos intensas na indústria. Na perspetiva da despesa, o indicador de atividade económica aumentou em termos homólogos em setembro e outubro, após ter diminuído em agosto. O indicador de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) apresentou uma variação positiva em termos homólogos pelo sétimo mês consecutivo, tendo o indicador de consumo privado registado um crescimento homólogo ligeiramente menos intenso que o observado no mês anterior. Por sua vez, o indicador de clima económico, que sintetiza as questões relativas aos inquéritos qualitativos às empresas, aumentou em novembro.
Em outubro, de acordo com as estimativas provisórias mensais do Inquérito ao Emprego, a taxa de desemprego (16 a 74 anos), ajustada de sazonalidade, foi de 6,7%, 0,1 p.p. acima do valor observado no mês anterior (6,3% em julho e 6,1% em outubro de 2022). A taxa de subutilização do trabalho (16 a 74 anos) situou-se em 11,9%, taxa superior em 0,1 p.p. à verificada em setembro. A população empregada (16 a 74 anos), também ajustada de sazonalidade, aumentou 1,1% em termos homólogos (1,5% em setembro) e diminuiu 0,2% face ao mês anterior.
