Na Área Euro (AE), o indicador de confiança dos consumidores registou, em setembro, o valor mais baixo da série. A taxa de câmbio do euro face ao dólar situou-se, em setembro, num valor médio inferior à paridade (0,990), o mais baixo desde outubro de 2002, registando uma depreciação acumulada de 16,2% desde agosto de 2021. Considerando a informação disponível para outubro, o preço do petróleo (Brent) registou um valor médio de 96,8 euros nos primeiros catorze dias, o que representa um aumento de 6,8% face ao valor médio de setembro, mês em se tinha verificado uma redução de 8,6% face ao preço médio de agosto.
O índice de preços na produção da indústria transformadora apresentou, em setembro, uma taxa de variação homóloga de 23,0%, desacelerando pelo segundo mês consecutivo após o crescimento mais elevado da atual série observado em julho (25,9%). Excluindo a componente energética, este índice aumentou 15,4% em termos homólogos nos últimos três meses (16,1% em junho). O índice relativo aos bens de consumo continuou a acelerar de forma expressiva, passando de uma variação homóloga de 13,9%, em agosto, para 14,8% em setembro.
Refletindo em grande medida este aumento de preços, os indicadores de curto prazo da atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis até agosto de 2022, continuaram a revelar crescimentos elevados em termos nominais. O índice de volume de negócios na indústria apresentou um crescimento homólogo de 29,1% (24,3% no mês anterior).
A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 9,3% em setembro de 2022, taxa superior em 0,4 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior, a taxa mais elevada desde outubro de 1992. O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) manteve a tendência de subida dos meses anteriores, registando uma variação de 6,9% (6,5% em agosto). Na vertente externa, acentuou-se o diferencial entre o crescimento dos preços implícitos das importações de bens comparativamente às exportações (variações de 28,6% e 18,4% em agosto, respetivamente), intensificando a perda dos termos de troca e a deterioração do saldo externo de bens.
O montante global de levantamentos nacionais, de pagamentos de serviços e de compras em terminais TPA apresentou um crescimento homólogo de 14,2% em setembro (17,1% no mês anterior).
De acordo com as estimativas provisórias mensais do Inquérito ao Emprego, a taxa de desemprego (16 a 74 anos), ajustada de sazonalidade, manteve-se em 6,0% entre maio e agosto (6,3% em agosto de 2021). A taxa de subutilização do trabalho (16 a 74 anos) situou-se em 11,4%, menos 0,1 p.p. que em julho (12,1% em agosto de 2021). A população empregada (16 a 74 anos), também ajustada de sazonalidade, cresceu 0,1% face ao mês anterior e 1,0% em termos homólogos (variação homóloga de 1,1% em julho).