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Preços na produção e no consumidor reforçam trajetória ascendente
Síntese Económica de Conjuntura
Preços na produção e no consumidor reforçam trajetória ascendente - Março de 2022
20 de abril de 2022

Resumo

Considerando a informação já disponível para abril, o preço do petróleo (Brent) registou um valor médio de 95,7 euros por barril nos primeiros catorze dias do mês, traduzindo uma redução de 10,1% face ao preço médio atingido em março (106,4 euros). 

Os indicadores de curto prazo (ICP) relativos à atividade económica na perspetiva da produção, disponíveis para fevereiro, continuam a apontar para elevados crescimentos em termos nominais, mais intensos do que os observados em janeiro, refletindo aumentos pronunciados dos deflatores implícitos. Em termos reais verificou-se um aumento na construção e uma diminuição na indústria. Comparando com fevereiro de 2020, apenas o índice de produção na indústria apresentou um nível inferior, com os índices de volume de negócios na indústria e nos serviços, assim como o índice de produção na construção a registarem níveis superiores. Os indicadores quantitativos de síntese relativos ao consumo privado e à atividade económica aceleraram em fevereiro, tendo o indicador relativo ao investimento apresentado um abrandamento. Note-se que a evolução dos indicadores reflete em parte um efeito de base, dado que em janeiro e fevereiro de 2021 estiveram em vigor várias medidas de combate à pandemia de COVID 19, impondo restrições à atividade económica.

O índice de preços na produção da indústria transformadora apresentou em março uma taxa de variação homóloga de 19,9% (16,5% no mês anterior), registando o crescimento mais elevado da atual série. Excluindo a componente energética, este índice aumentou 13,4% em termos homólogos (variação de 12,0% em fevereiro). Por sua vez, a variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 5,3% em março, 1,1 pontos percentuais (p.p.) acima da observada no mês anterior, atingindo a taxa mais elevada desde junho de 1994. Refira-se ainda que o IHPC português apresentou uma variação homóloga de 5,5% (o valor mais elevado desde o início da série, em 1996), taxa inferior em 2,0 p.p. à estimada pelo Eurostat para a AE em março, refletindo sobretudo diferenças apreciáveis no comportamento dos preços dos bens energéticos, em particular da eletricidade. Contudo, excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 4,1% em março, superior à taxa correspondente para a AE (estimada em 3,2%), apresentando um perfil ascendente muito pronunciado.

De acordo com as estimativas provisórias mensais do Inquérito ao Emprego, a taxa de desemprego (16 a 74 anos), ajustada de sazonalidade, manteve-se em 5,8%, pelo terceiro mês consecutivo (6,2% em novembro e 6,8% em fevereiro de 2021). A taxa de subutilização do trabalho (16 a 74 anos) situou-se em 11,0%, menos 0,2 p.p. que em janeiro (13,5% e 12,6% nos meses de fevereiro de 2021 e 2020, respetivamente). A população empregada (16 a 74 anos), também ajustada de sazonalidade, aumentou 4,2% em termos homólogos e diminuiu 0,3% face ao mês anterior (variação homóloga de 5,0% em janeiro).


Destaque
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