De acordo com as intenções manifestadas pelas empresas no Inquérito de Conjuntura ao Investimento de abril de 2021 (com período de inquirição entre 1 de abril e 30 de junho de 2021), o investimento empresarial em termos nominais deverá aumentar 4,9% em 2021, o que compara com a previsão inicial de aumento de 3,5% no inquérito de outubro de 2020 sobre as intenções para 2021. Os resultados deste inquérito apontam ainda para um decréscimo nominal de 13,6% do investimento em 2020, traduzindo também uma revisão em alta face ao resultado apurado no inquérito de outubro (-16,3%).
Relativamente a 2021, o aumento da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) deve-se principalmente aos contributos positivos de 5,9 pontos percentuais (p.p.) das empresas do 4º escalão (mais de 500 pessoas ao serviço), em resultado de uma variação de 14,6%, e de 2,4 p.p. das empresas do 3º escalão (entre 250 e 499 pessoas ao serviço), com um aumento de 15,0% do investimento. Em sentido oposto, as empresas do 1º escalão (menos de 50 pessoas ao serviço) apresentaram um contributo negativo de 3,5 p.p., refletindo uma contração do investimento empresarial de 16,2%.
O principal fator limitativo do investimento empresarial identificado pelas empresas em 2020 e 2021 foi a deterioração das perspetivas de venda. Entre 2020 e 2021 prevê-se um aumento do peso relativo da dificuldade em contratar pessoal qualificado e uma redução do peso relativo da insuficiência da capacidade produtiva.