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Atividade económica diminui de forma acentuada
Síntese Económica de Conjuntura
Atividade económica diminui de forma acentuada - Fevereiro de 2021
17 de março de 2021

Resumo

Em fevereiro, o indicador de sentimento económico da Área Euro (AE) aumentou, em resultado da recuperação dos níveis de confiança na indústria, nos serviços e, em menor grau, dos consumidores e na construção. Os preços das matérias primas e do petróleo apresentaram variações em cadeia de 5,4% e 14,4%, respetivamente (10,2% e 9,6% em janeiro).
Em Portugal, a informação disponível para janeiro e fevereiro, num contexto de novas medidas restritivas de resposta à pandemia, revela uma redução expressiva da atividade económica. O montante de levantamentos nacionais, de pagamentos de serviços e de compras em terminais de pagamento automático na rede multibanco registou, em termos homólogos, uma redução de 25,7% em fevereiro, mais intensa que no mês anterior (-18,7%). As vendas de veículos automóveis ligeiros de passageiros registaram um decréscimo mais acentuado, passando de uma taxa de variação homóloga de -30,5% em janeiro para -59,0%, enquanto as vendas de veículos comerciais ligeiros diminuíram 17,8% (-19,2% no mês anterior) e os veículos pesados aumentaram 19,2% (-20,8% em janeiro).
Em fevereiro, o indicador de confiança dos Consumidores diminuiu, após ter aumentado nos dois meses anteriores, de forma menos intensa em janeiro. O indicador de clima económico intensificou em fevereiro a redução observada no mês anterior, recuando para um nível próximo do verificado em julho de 2020. Em fevereiro, verificaram-se diminuições acentuadas nos indicadores de confiança do Comércio e, em particular, dos Serviços, enquanto na Construção e Obras Públicas, o indicador diminuiu ligeiramente. Em sentido oposto, o indicador de confiança da Indústria Transformadora aumentou no último mês.
De acordo com as estimativas mensais provisórias do Inquérito ao Emprego, as taxas de desemprego (15 a 74 anos) e de subutilização do trabalho aumentaram e o emprego diminuiu em janeiro. No mesmo mês, os índices de emprego dos indicadores de curto prazo diminuíram 2,5% na indústria, 4,6% no comércio a retalho e 8,5% nos serviços, tendo aumentado 0,1% na construção (variações de -3,0%, -4,7%, -8,4% e -0,1% no mês anterior, pela mesma ordem). Os índices de horas trabalhadas, ajustados de efeitos de calendário, apresentaram variações de -7,1% na indústria, -13,6% no comércio a retalho e -16,1% nos serviços (variações de -5,7%, -6,5% e -11,0% no mês anterior, pela mesma ordem).
O Índice de Preços no Consumidor (IPC) acelerou, tendo apresentado uma taxa de variação homóloga de 0,5% em fevereiro, mais 0,2 p.p. que no mês anterior, observando-se uma taxa de variação de 0,5% na componente de bens (0,3% em janeiro) e de 0,6% na componente de serviços (0,4% no mês anterior).

Apesar das circunstâncias determinadas pela pandemia COVID-19, o INE apela à melhor colaboração das empresas, das famílias e das entidades públicas na resposta às suas solicitações. A qualidade das estatísticas oficiais, particularmente a sua capacidade para identificar os impactos da pandemia COVID-19, depende crucialmente dessa colaboração que o INE antecipadamente agradece.


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