O setor do alojamento turístico registou 493,5 mil hóspedes e 1,1 milhões de dormidas em junho de 2020, correspondendo a variações de -82,0% e -85,2%, respetivamente (-94,8% e -95,8% em maio, pela mesma ordem). As dormidas de residentes recuaram 59,7% (-86,6% em maio) e as de não residentes diminuíram 96,2% (-98,8% em maio).
Os proveitos totais registaram uma variação de -88,5% (-97,5% em maio), fixando-se em 53,4 milhões de euros. Os proveitos de aposento atingiram 42,0 milhões de euros, diminuindo 88,2% (-97,1% no mês anterior).
Em junho, 46,3% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (74,1% em maio).
No 2º trimestre de 2020, as dormidas totais diminuíram 92,4% (-78,1% nos residentes e -97,9% nos não residentes). No 1º trimestre as dormidas tinham diminuído 18,3% (-12,2% nos residentes e -21,0% nos não residentes
Neste destaque inclui-se uma caixa com resultados de um questionário específico sobre o impacto da pandemia COVID-19. 62,5% dos estabelecimentos de alojamento turístico respondentes (representando 79,0% da capacidade de oferta) assinalaram cancelamento de reservas agendadas para os meses de junho a outubro de 2020 devido à pandemia. A maioria dos estabelecimentos que planeava estar em atividade nos meses de junho a outubro previa taxas de ocupação inferiores a 50% em cada um desses meses.
A maioria dos estabelecimentos (56,8%) indicou não prever alterar os preços face ao ano anterior. No entanto, cerca de um terço (35,3%) admitiu reduzir os preços, encontrando-se maioritariamente localizados na AM Lisboa e no Algarve (58,4% e 55,8% dos estabelecimentos localizados em cada região, respetivamente).
A informação deste destaque, respeitante a junho, reflete efeitos da pandemia COVID-19, quer no comportamento da atividade turística, quer na quantidade de informação primária disponível para a compilação dos resultados apresentados. Apelamos à melhor colaboração das empresas, das famílias e das entidades públicas, apesar das dificuldades, na resposta às solicitações do INE. A qualidade das estatísticas oficiais, particularmente a sua capacidade para identificar os impactos da pandemia COVID-19, depende crucialmente dessa colaboração, que o INE antecipadamente agradece.