A economia portuguesa apresentou uma capacidade de financiamento de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano acabado no 2º trimestre de 2019 (0,5% no 1º trimestre de 2019). Na origem da ligeira redução esteve o agravamento do saldo negativo nas transações de bens e serviços com o exterior.
A Poupança da economia e a Formação Bruta de Capital (FBC) registaram uma taxa de variação idêntica de 2,1% no ano terminado no 2º trimestre de 2019. O aumento da FBC foi particularmente expressivo no setor das Sociedades Não Financeiras em que a respetiva taxa de investimento atingiu 25,9%.
A capacidade de financiamento das Famílias recuou para 1,0% do PIB no 2º trimestre de 2019, menos 0,4 p.p. que no trimestre anterior. A taxa de poupança reduziu-se para 5,9% do Rendimento disponível, refletindo sobretudo o crescimento de 0,8% da Despesa de Consumo Final.
As Administrações Públicas (AP) registaram um excedente de 0,2% do PIB no ano terminado no 2º trimestre de 2019. Tomando como referência valores trimestrais e não o ano acabado no trimestre, o saldo das AP foi negativo no 2º trimestre de 2019, situando-se em -1,6% do PIB, o que compara com -3,2% em igual período do ano anterior. No conjunto do 1º semestre de 2019, o saldo das AP foi -0,8% (-2,2% em igual período do ano anterior).