A estimativa rápida do Eurostat para o PIB da Área Euro (AE) e da União Europeia (UE27) apontou para variações homólogas de -1,2% e -1,1% no 4º trimestre, menos 1,8 p.p. e 1,9 p.p. que no trimestre anterior, respectivamente. O PIB dos principais países clientes apresentou uma variação homóloga de -1,0% (+0,7% no 3º trimestre). Em Janeiro, na AE, os indicadores de sentimento económico e de confiança dos consumidores prolongaram o movimento descendente observado desde Agosto de 2007.
Em Portugal, a estimativa rápida para o PIB aponta para uma taxa de variação homóloga de -2,1% no 4º trimestre (+0,5% no trimestre anterior) sobretudo devido à forte contracção do investimento e das exportações. O indicador de clima económico e o indicador de actividade económica voltaram agravar-se do 3º para o 4º trimestre. Em Janeiro, o indicador de clima económico atingiu o mínimo histórico da série iniciada em 1989. O indicador de consumo privado desacelerou no 4º trimestre, em resultado da evolução negativa de ambas as componentes. No mesmo trimestre, o indicador de FBCF acentuou a sua variação negativa, reflectindo a deterioração registada em todas as componentes, sobretudo na de construção. Do lado da oferta, a informação dos Indicadores de Curto Prazo (ICP) deu indicações de agravamento da actividade em todos os sectores no 4º trimestre, assim como em Dezembro face ao mês anterior. Relativamente ao comércio internacional de bens, do 3º para o 4º trimestre ter-se-á registado uma redução significativa das taxas de variação homólogas nominais das importações (reflectindo em parte a evolução do preço do petróleo, que passou de um forte crescimento homólogo no 3º trimestre para uma acentuada diminuição homóloga no 4º trimestre) e das exportações, passando de 10,9% para -7,6% e de 5,2% para -11,8%, respectivamente.
No 4º trimestre a taxa de desemprego foi de 7,8%, o mesmo valor do trimestre homólogo. O emprego registou uma variação homóloga de -0,2%, menos 0,1 p.p. que no trimestre anterior.
Em Janeiro, a inflação homóloga foi de 0,2%, menos 0,6 p.p. que no mês anterior, atingindo um novo mínimo para a série iniciada em 1992. O diferencial entre o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) da AE e de Portugal aumentou 0,2 p.p. em Dezembro, situando-se em 1,0 p.p..
