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PIB estabiliza no 2º trimestre. Procura externa líquida terá apresentado um contributo menos negativo e a procura interna terá abrandado
Síntese Económica de Conjuntura
PIB estabiliza no 2º trimestre. Procura externa líquida terá apresentado um contributo menos negativo e a procura interna terá abrandado - Julho de 2008
20 de agosto de 2008

Resumo
De acordo com a estimativa rápida divulgada pelo EUROSTAT, na Área Euro (AE) o PIB terá registado um crescimento homólogo de 1,5% no 2º trimestre de 2008, menos 0,6 pontos percentuais (p.p.) do que no trimestre anterior. Esta evolução resultou do abrandamento generalizado das principais economias da AE, destacando-se as desacelerações ocorridas na Espanha, na Alemanha e na França (-0,9 p.p.). Ponderado pela estrutura das exportações portuguesas, o PIB dos principais países clientes terá desacelerado 0,7 p.p. para 1,7%. Na AE, os indicadores de sentimento económico e de confiança dos consumidores reforçaram em Julho o movimento descendente observado desde Agosto de 2007.
No plano interno, a estimativa rápida para o crescimento homólogo do PIB no 2º trimestre foi de 0,9%, o mesmo valor do trimestre anterior. Por um lado, a procura externa terá apresentado um contributo menos negativo, dado o abrandamento mais intenso das importações relativamente ao das exportações, mas, por outro lado, a procura interna terá abrandado, em resultado da forte desaceleração do consumo privado. Relativamente ao comércio internacional, registou-se, em termos nominais, um abrandamento de ambos os fluxos, de 12,3% para 9,0% no caso das importações e de 4,8% para 3,4% no das exportações. O abrandamento das importações em volume terá sido ainda mais expressivo do que o registado em termos nominais em consequência da aceleração dos preços do petróleo no 2º trimestre. Ao nível da procura interna, o consumo privado terá desacelerado no 2º trimestre, em resultado da deterioração observada quer no consumo corrente, quer no duradouro, mas principalmente no segundo. De acordo com a informação disponível, o investimento ter-se-á apresentado relativamente estável no 2º trimestre, observando-se uma recuperação na componente de construção e um agravamento nas componentes de máquinas e equipamentos e de material de transporte. Do lado da oferta, a informação dos Indicadores de Curto Prazo (ICP) apresentou evoluções contrárias entre os vários sectores, entre o 1º e o 2º trimestre. O indicador de clima económico, já disponível para Julho, e o indicador de actividade económica, disponível para Junho, agravaram-se significativamente.
A taxa de desemprego foi de 7,3% no 2º trimestre, menos 0,6 p.p. do que no trimestre homólogo. O emprego registou um crescimento homólogo de 1,4%, mais 0,3 p.p. do que no 1º trimestre.
Em Julho, a inflação homóloga foi de 3,1%, menos 0,3 p.p que no mês anterior. O diferencial entre o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) da AE e de Portugal aumentou 0,3 p.p. em Julho para 0,9 p.p..

Destaque
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