Tendo 2018 como ano de referência e com resultados para o triénio 2018-2020, a nova edição da Conta Satélite da Cultura (CSC) revela que as atividades culturais representaram cerca de 2,4% do Valor Acrescentado Bruto (VAB), em 2018 e 2019 e 2,3% em 2020. A redução em 2020 refletiu um maior impacto da pandemia COVID 19 nestas atividades que o verificado na economia nacional, estimando-se que o VAB da cultura tenha diminuído 10,6%, o que compara com uma redução de 5,8% do conjunto das atividades económicas do país. A contração das atividades culturais em 2020 esteve em larga medida associada à queda do consumo de produtos culturais pelas famílias, que terá diminuído cerca de 20%, passando a representar apenas 2,2% do total do consumo das famílias quando, em 2018 e 2019, correspondia a 2,6%.
Em 2018, a cultura gerou um VAB próximo de 4,2 mil milhões de euros e abrangeu cerca de 133,6 mil empregos, representando 2,8% do emprego total. A remuneração média nas atividades da cultura foi superior (1,8%) à remuneração média da economia nacional.
Em 2018, o domínio mais representativo em termos de unidades culturais foi o das Artes do espetáculo (31,1%). O Audiovisual e multimédia e o Interdisciplinar destacaram-se pela sua importância relativa na estrutura do VAB (24,8%) e do emprego (22,5%), respetivamente. A Difusão / Marketing foi a função mais representativa na distribuição das unidades culturais (36,2%) e do VAB (34,1%), enquanto a Produção / Divulgação assumiu a primazia na estrutura do emprego cultural (33,5%).
Entre os seis países da UE com informação disponível e atualizada, Portugal surge com o menor peso relativo da cultura no VAB nacional.
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