A capacidade de financiamento da economia situou-se em 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano terminado no 2º trimestre de 2016, mais 0,1 pontos percentuais (p.p.) que a observada no trimestre anterior. A poupança bruta diminuiu 0,5%, verificando-se um crescimento da despesa de consumo final da economia (0,6%) ligeiramente superior ao aumento do Rendimento Disponível Bruto da nação (0,5%). O PIB e o Rendimento Nacional Bruto (RNB) aumentaram 0,6% e 0,4% no 2º trimestre de 2016, respetivamente. O menor aumento do RNB refletiu o agravamento do saldo dos rendimentos de propriedade com o exterior (taxas de variação de -3,5% nos rendimentos recebidos e de 1,8% nos rendimentos pagos).
A taxa de poupança das Famílias fixou-se em 3,9%, mais 0,1 p.p. que no trimestre precedente, refletindo um crescimento ligeiramente mais elevado do Rendimento Disponível comparativamente com o da despesa de consumo final (0,7% e 0,6%, respetivamente).
A necessidade de financiamento das Administrações Públicas (AP) diminuiu, passando de 3,7% do PIB no ano acabado no 1º trimestre de 2016 para 3,4%. Esta melhoria do saldo das AP resultou do efeito conjugado do aumento de 0,2% da receita e de uma redução de 0,4% da despesa. Tomando como referência valores trimestrais e não o ano acabado no trimestre, o saldo das AP fixou-se em -2,5% do PIB no 2º trimestre de 2016 (-3,6% no trimestre homólogo). No conjunto do 1º semestre de 2016, o saldo das AP foi -2,8% do PIB (-4,6% em igual período do ano passado).