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As famílias são hoje mais e têm menor dimensão média, em
consequência do aumento do número das famílias unipessoais e
da redução do número de famílias numerosas, indicam os
resultados dos Censos 2011.
As pessoas que vivem sós são sobretudo idosas/os e mulheres,
dois grupos que o Inquérito às condições de vida e rendimento do
INE identifica como sendo particularmente afetados pelo risco de
pobreza.
Também as famílias com crianças dependentes, em particular as
famílias numerosas e as famílias monoparentais, são afetadas por
riscos de pobreza e intensidade da pobreza elevados.
Em 2011, 3,1% das pessoas que viviam em agregados familiares
e 8,4% das pessoas pobres, não tinham capacidade para ter uma
refeição de carne ou peixe pelo menos de 2 em 2 dias.
Cerca de ¼ das pessoas e quase metade das que viviam em
agregados em risco de pobreza referiram que não tinham meios
para manter a casa adequadamente aquecida.
42% das pessoas com 25-59 anos em risco de pobreza, em 2010,
referiram ter vivido enquanto adolescentes em famílias cuja
situação financeira consideraram ser má ou muito má; 55,7%
referiram ter vivido numa família com dificuldades financeiras
para fazer face a despesas necessárias.
A Família em Portugal
A família é o apoio mais seguro
quando se deterioram algumas
condições de vida como a saúde,
o trabalho, a habitação ou a situação
financeira das pessoas.
Aspetos da evolução demográfica, integração social e
condições de vida das famílias residentes no país
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INE Nº16
WS
junho’ 2013
©
INE, Lisboa Portugal, 2013
Por
Eduarda Góis
, com
Joana Malta
e
Cristina Gonçalves
,
Departamento de Estatísticas Demográficas e Sociais do INE