Revista Eletrónica do INE - dezembro de 2014

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O INE publicou os principais resultados do
Índice de Bem-estar (IBE) para Portugal, para o
período de 2004 a 2013
O IBE permite acompanhar a evolução do bem-estar em duas perspetivas –
condições materiais de vida das famílias e qualidade de vida. Na primeira,
figuram os domínios do bem-estar económico; vulnerabilidade económica; e
trabalho e remuneração. Na segunda, os domínios da saúde; balanço vida-
trabalho; educação, conhecimento e competências; relações sociais e bem-
estar subjetivo; participação cívica e governação; segurança pessoal; e
ambiente. A informação utilizada para a construção deste índice resulta dos
dados relativos a 79 indicadores diretos.
Este estudo baseia-se na metodologia definida por um conjunto de
organizações internacionais, nomeadamente a OCDE e o Eurostat, e aplicada
por vários Institutos de Estatística. A sua produção pressupõe a reutilização e
integração de informação proveniente de vários subsistemas de informação
estatística.
O Índice de Bem-estar apresenta uma redução em 2012 explicada pela
quebra das Condições materiais de vida, projetando-se a continuação desse
agravamento para 2013.
As duas perspetivas de análise do bem-estar – traduzidas através dos índices
sintéticos de Condições materiais de vida e de Qualidade de vida – evoluíram
em sentidos opostos, com o primeiro a evidenciar uma tendência
decrescente, que se acentuou de 2010 para 2013, e o segundo a apresentar
uma tendência crescente, embora bastante atenuada após 2011.
Principais Resultados do Índice de Bem-estar 2012-2013
Índice de Bem-estar (IBE): global e por perspetiva (2004=100)
Dos 10 domínios que integram o IBE, a Educação, conhecimento e
competências, a Saúde e o Ambiente são as componentes do bem-estar que
registam evolução mais favorável no período analisado. O primeiro destes
domínios tem uma evolução em índice muito positiva no período em
estudo. Os dados preliminares de 2013 revelam, no entanto, uma primeira
inversão dessa tendência.
Inversamente, os domínios Trabalho e remuneração e Vulnerabilidade
económica são aqueles cuja evolução foi mais desfavorável. No caso do
primeiro, o agravamento de todos os indicadores associados ao desemprego
revelam-se preponderantes para a explicação desta tendência.
INEWS Nº22 dezembro’ 2014 © INE, Lisboa Portugal, 2014