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O PA na Universidade Lusíada de Vila Nova de Famalicão, inaugurado em Abril de 2006, representa o culminar de um projecto de cooperação entre esta universidade e o INE, iniciado nos anos 90 (dealbar) através de um protocolo de colaboração, como muito bem lembra a sua coordenadora, Dr.ª Olinda Martins. Na altura, o suporte de difusão de informação estatística era maioritariamente o papel e a Biblioteca de então recebia periodicamente um extenso rol de publicações do INE.

O propósito de aproximar a informação estatística dos seus utilizadores e o de fomentar a literacia estatística mantiveram-se e ganharam novo vigor com a criação do PA, altura em que a Internet

– – Infoline já se assumia como protagonista sem rival, mas não universal. Hoje, o principal meio de difusão é, indubitavelmente, o Portal de Estatísticas Oficiais ( www.ine.pt) , de acesso gratuito.

Neste contexto, e em matéria de cooperação institucional, é justo que a Dr.ª Olinda Martins fale em continuidade, num caminho de crescimento percorrido e de realizações sedimentadas até à criação do PA, cujas virtualidades, de resto, não se cansa de enaltecer, em face da extensão dos serviços disponibilizados e do alargamento de valências e sinergias que estes propiciam aos seus utilizadores.

Qualquer paradigma é um sinal dos tempos e, como tal, não é imutável. O paradigma da difusão de informação estatística também mudou. Imutável deve ser, sim, o princípio. O de servir bem. A entrevista com a Dr.ª Olinda Martins revela-nos justamente o que a empreendedora equipa do PA tem feito nesse sentido.

"O que mudou mais foi, sem dúvida, o paradigma, da publicação em papel à informação estatística acessível via Internet"

Olinda Martins (OM): A biblioteca já disponibilizava as publicações do INE desde o início dos anos 90. Existia um protocolo de colaboração anterior ao existente actualmente e adquiríamos as publicações em suporte papel que eram consultadas nas nossas instalações.

Na altura, os serviços online do INE não estavam, naturalmente, tão desenvolvidos como hoje em dia e as publicações em suporte papel eram a fonte de informação privilegiada. Em meados dos anos 90, com o aparecimento da página do INE na Internet, e depois, a partir de 1997, com o desenvolvimento do Infoline, começou a grande mudança no acesso à informação estatística. Este começou a ser feito remotamente, já não se tornava indispensável a consulta do papel. No entanto, o acesso à informação era, muitas vezes, pago (nomeadamente o download dos conteúdos). Alguma informação, não disponível, era solicitada directamente pelos nossos serviços ao INE. Recebíamos a informação (em ficheiros xls) numa disquete enviada por correio.