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« Previous Page Table of Contents Next Page »pág. 07 RIIBES / Folha Informativa n.º 35 – Setembro 2011
Até quando a indefinição de limites geográficos?!
Conciliar opiniões, pacificar controvérsias, aclarar (des)entendimentos respeitantes a limites geográficos entre Freguesias ou, mesmo, Concelhos, foi outro imenso desafio!
Não sendo tarefa fácil, foi com algum amargor que se viu repetida esta vexata quaestio, denun-ciada em 2001, não resolvida até 2011 e quem sabe? guardada para ser, de novo, esgrimida, – – neste ou noutro modelo censitário que venha a ser implementado.
A ANAFRE tem erguido a sua voz junto das instâncias próprias, mormente junto do Instituto Geográfico Português (IGP), no sentido de ser arauto das preocupações dos Eleitos de Freguesia que, pela sua especial condição de proximidade, são receptores de tantos incómodos e quezílias suscitados pela confusão resultante da indefinição dos limites entre aquelas parcelas territoriais.
"Apesar do trabalho ciclópico a que o INE se obrigou", eis algumas sugestões para o futuro
É tempo de rentabilizar os meios humanos, recursos técnicos e tecnológicos, o know-how e o equipamento moderno de que aquele Instituto dispõe, a par das já manifestadas vontade e disponibilidade para entrar em campo. Mais importante que os recursos financeiros a despender, é a paz social e a melhor convivência entre vizinhos.
Apesar do trabalho ciclópico a que o INE se obrigou, o conhecimento das deficiências relatadas pelos que vivenciaram esta experiência tais como a já enunciada cartografia muito pode concorrer para o aperfeiçoamento do sistema.
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Assim: uma planificação da operação menos tardia e alargada às Juntas de Freguesia e às forças vivas das comunidades; melhor conhecimento do terreno e da realidade social que só se consegue saltando para o palco das operações, fora de paredes e dos limites das secretárias; uma mais perfeita definição dos critérios e estratégias; menos burocracia mas melhor e mais atempada preparação dos intervenientes; uma preocupação maior no cumprimento das contraprestações a conferir a estes colaboradores; o reconhecimento da mais-valia que as Juntas de Freguesia representam no processo censitário.
Com as deficiências sentidas e manifestadas, devemos aprender para melhorar, aproveitar sinergias, cooperar institucionalmente e conjugar valências e capacidades. Dos resultados desta operação ainda pouco se conhece. Inquiriu-se para conhecer, caracterizar e concluir.
"…dados e resultados não serão mera numerologia para constar em tabelas estatísticas mas alertas para a acção e definição de novas políticas sociais…"
As conclusões apuradas serão o motor de arranque para novas e desejadas iniciativas. Criámos a expectativa de que, dados e resultados não serão mera numerologia para constar em tabelas estatísticas mas alertas para a acção e definição de novas políticas sociais e iniciativas empreende-doras que corrijam assimetrias e combatam injustiças e iniquidades; que contrariem o abandono do meio rural e a procura do espectro das cidades; que valorizem as zonas nobres do tecido urbano em desabono dos dormitórios limítrofes despersonalizados e incaracterísticos; que requali-fiquem o património construído e o tornem atractivo e habitável; que olhem o mundo rural com a confiança de que, aí, pode residir a nossa esperança; que tenham preocupações ambientais e garantam, a par dos universais direitos do Homem, a consciência dos seus deveres e obrigações.
Uma certeza nos invade: as Juntas de Freguesia desempenharam, no processo censitário, um papel inestimável. Costuma dizer-se: "Só conhecemos o bem que temos quando o perdemos". Oxalá PORTUGAL não venha, um dia, a reconhecer que o Bem que agora tem, já não é seu porque, em boa parte, o perdeu!
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