Em 2022, registaram-se 1 598 falências/insolvências de sociedades decretadas pelos tribunais judiciais de 1.ª instância, uma redução de 62,4% face a 2015.
Considerando a informação trimestral, o número de falências mais baixo (365) foi registado no 3.º trimestre de 2022. Entre 2015 e 2022, o número médio de falências decretadas por trimestre desceu de 1 061 para 400.
Os setores do Comércio e Indústria e energia concentraram 44,3% do total de falências decretadas em 2022, enquanto os setores das Atividades financeiras, Informação e comunicação e Agricultura e pescas não chegavam, em conjunto, a 6%.
Por localização geográfica, as regiões Norte, Área Metropolitana de Lisboa e Centro representaram, em conjunto, 87,7% do total de falências decretadas em 2022 (43,9%, 24,7% e 19,1%, respetivamente).
Neste destaque (ver caixa) é efetuada uma análise evolutiva do desempenho económico das empresas que foram decretadas falidas em 2022, verificando-se um decréscimo significativo dos principais indicadores nos anos mais recentes, os últimos coincidentes com os da pandemia COVID-19. Entre 2019 e 2021, o pessoal ao serviço nestas empresas diminuiu 32,8% (-5 572 pessoas) e a produtividade aparente do trabalho decresceu 36,6% (-5 271 euros por pessoa ao serviço). A partir de 2020 e de forma mais significativa em 2021, o valor do passivo destas empresas ultrapassou o valor do ativo, com a consequente diminuição do capital próprio.