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Preços no produtor e no consumidor aumentam significativamente no conjunto do ano 2022
Síntese Económica de Conjuntura
Preços no produtor e no consumidor aumentam significativamente no conjunto do ano 2022 - Dezembro de 2022
18 de janeiro de 2023

Resumo

Em 2022, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) registou uma taxa de variação média anual de 7,8% (1,3% em 2021), valor mais elevado desde 1992. A variação do indicador de inflação subjacente, medido pelo índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, foi 5,6% em 2022 (0,8% em 2021). O aumento da taxa de variação do IPC entre 2021 e 2022 foi influenciado pelo comportamento da inflação subjacente e pela aceleração dos preços dos produtos alimentares não transformados e dos produtos energéticos, que registaram variações médias anuais de, respetivamente, 12,2% e 23,7% (0,6% e 7,3% em 2021). O aumento dos preços foi ainda mais acentuado na produção industrial, tendo o respetivo índice apresentado uma variação média anual de 21,2% em 2022, o mais elevado da série (6,5% em 2021). Excluindo a componente energética, registou-se uma variação média anual de 14,5%, superior em 9,1 pontos percentuais (p.p.) à observada em 2021. O aumento dos preços na produção de bens de consumo também foi bastante significativo (12,5%) ficando, contudo, mais próximo do verificado ao nível dos preços no consumidor. 

O montante global de levantamentos nacionais, de pagamentos de serviços e de compras em terminais TPA apresentou um crescimento homólogo de 12,8% em dezembro (10,1% no mês anterior). Considerando o conjunto do ano 2022, verificou-se uma variação de 18,8% no valor global das operações realizadas (10,9% em 2021).

Os indicadores de curto prazo, disponíveis para novembro, apontam para uma desaceleração em termos nominais nos serviços e uma ligeira aceleração na indústria, verificando-se, em termos reais, reduções na indústria e na construção. Na perspetiva da despesa, os indicadores quantitativos de síntese de atividade económica e investimento diminuíram em novembro de 2022, tendo o indicador de consumo privado desacelerado. 

De acordo com as estimativas provisórias mensais do Inquérito ao Emprego, a taxa de desemprego (16 a 74 anos), ajustada de sazonalidade, foi de 6,4% em novembro, valor superior em 0,4 p.p. face ao registado no mês anterior (6,0% em agosto e 6,2% em novembro de 2021). A taxa de subutilização do trabalho (16 a 74 anos) situou-se em 11,6%, 0,4 p.p. acima do valor observado em outubro (11,4% em agosto e 11,6% no período homólogo do ano anterior). A população empregada (16 a 74 anos), também ajustada de sazonalidade, aumentou 0,3% em termos homólogos e diminuiu 0,4% face ao mês anterior (variação homóloga de 1,0% em outubro).


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