O Produto Interno Bruto (PIB), em termos reais, registou uma variação homóloga de 15,5% no 2º trimestre de 2021 (-5,3% no trimestre anterior). Esta evolução é influenciada por um efeito de base, uma vez que as restrições sobre a atividade económica em consequência da pandemia se fizeram sentir de forma mais intensa nos primeiros dois meses do segundo trimestre de 2020, conduzindo então a uma contração sem precedente da atividade económica.
O contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB foi positivo, enquanto o contributo da procura externa foi nulo. Refira-se ainda que no 2º trimestre de 2021, em termos homólogos, se registou uma perda nos termos de troca, tendo o comportamento do deflator das importações sido influenciado, em larga medida, pelo crescimento pronunciado dos preços dos produtos energéticos.
Comparativamente com o 1º trimestre de 2021, o PIB aumentou 4,9% em volume, mais que compensando a variação em cadeia negativa (-3,2%) observada nesse trimestre. Esta evolução reflete os impactos económicos da pandemia, tendo-se verificado, no início do ano, um confinamento geral, seguindo-se um plano de reabertura gradual a partir de meados de março.
Este resultado traduziu, em larga medida, o contributo positivo expressivo da procura interna para a variação em cadeia do PIB, após ter sido negativo no 1º trimestre. Em menor grau, refletiu ainda um contributo da procura externa líquida menos negativo no 2º trimestre de 2021.