A capacidade de financiamento da economia situou-se em 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano terminado no 3º trimestre de 2016, mais 0,1 pontos percentuais (p.p.) que a observada no trimestre anterior. A poupança bruta diminuiu 1,2%, verificando-se um crescimento da despesa de consumo final da economia (0,7%) superior ao aumento do Rendimento Disponível Bruto (RDB) da nação (0,4%). Rendimento Nacional Bruto (RNB) aumentou menos que o PIB (0,5% e 0,7% no 3º trimestre de 2016, respetivamente), refletindo o agravamento do saldo dos rendimentos de propriedade com o exterior.
A taxa de poupança das Famílias fixou-se em 4,0%, mais 0,1 p.p. que no trimestre precedente, refletindo um crescimento ligeiramente mais elevado do rendimento disponível comparativamente com o da despesa de consumo final (0,8% e 0,7%, respetivamente). A capacidade de financiamento das famílias passou de 0,6% para 0,8% do PIB no 3º trimestre de 2016, enquanto os saldos das sociedades não financeiras e das sociedades financeiras estabilizaram em 0,4% e em 3,3% do PIB, respetivamente.
A necessidade de financiamento das Administrações Públicas (AP) aumentou 0,1 p.p., passando de 3,5% do PIB no ano acabado no 2º trimestre de 2016 para 3,6%. Este aumento resultou do efeito conjugado da redução de 0,1% da receita e do aumento de 0,3% da despesa. Tomando como referência valores trimestrais e não o ano acabado no trimestre, o saldo das AP situou-se em -812,9 milhões de euros no 3º trimestre de 2016, correspondente a -1,7% do PIB. No conjunto dos três primeiros trimestres de 2016, o saldo das AP foi -2,5% do PIB (-3,4% em igual período do ano anterior).