Instituto Nacional de Estatística Censos 2011
 
     
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Metodologia
Tipo de contagem

Os Censos correspondem, tradicionalmente, à contagem da população de um país; a partir de meados do século XIX, esta operação estatística foi enriquecida com o levantamento e caraterização do parque habitacional.

Quando não existe a possibilidade de exploração de ficheiros administrativos (modelo utilizado em alguns países do norte da Europa) para obtenção da totalidade ou da maior parte da informação habitualmente disponibilizada pelos Censos, estas operações têm de ser realizadas com recurso à inquirição das pessoas.

As opções que se podem considerar são a contagem exaustiva, por amostragem ou por um sistema misto que equacione a complementaridade de ambas.

A amostragem na operação censitária é de aplicação pouco frequente na medida em que não permite disponibililizar informação para as pequenas áreas estatísticas, facto mais evidente nos pequenos países em que essa impossibilidade se verifica mesmo a nível regional. Contudo, alguns países optam por aplicar técnicas de amostragem nos Censos através da utilização de questionários curtos e longos: os curtos, com um número reduzido de variáveis, são respondidos por toda a população; enquanto os longos, com um maior número de variáveis, são respondidos apenas por uma parte da população.

Em Portugal, as operações censitárias têm seguido o método exaustivo para todas as caraterísticas a observar. Afastou-se a hipótese de aplicação da amostragem atendendo à necessidade imprescindível de dispor de informação fiável a nível regional e local e de não ter sido possível o recurso a fontes administrativas.

Tipo de recolha

Fundamentalmente existem três métodos ou procedimentos mais clássicos para recolha de dados junto das pessoas, para além da aplicação das novas tecnologias (Internet, por ex.):

• Recolha por via postal
• Recolha por entrevista (direta, por telefone)
• Entrega/recolha de questionários

A recolha por via postal implica a existência de ficheiro completo de endereços dos alojamentos a fim de se processar o envio de questionários a toda, ou a parte da população, e a controlar os resultados das respostas.

A recolha por entrevista direta necessita de elevado número de recenseadores e tempo de execução para se proceder à entrevista de todas as pessoas, o que pressupõe custos bastante mais pesados; em contrapartida, apresenta uma qualidade dos dados elevada o que, em parte, é igualmente válido para a metodologia de entrega/recolha de questionários.

No método de entrega/recolha de questionários à população, um conjunto de recenseadores, recrutados localmente, vão de porta em porta entregar os questionários e instruções para preenchimento, passando mais tarde para os recolher após preenchidos pelas pessoas. Trata-se de uma metodologia que não se aplica de forma tão pura como a descrita pois, em muitas situações o recenseador tem de apoiar na resposta, ou preencher integralmente, quando os respondentes não o conseguem fazer.

Em Portugal, o método adotado nas operações censitárias mais recentes, tem sido o de entrega/recolha considerado o mais adequado para a realidade nacional.

Os trabalhos de recolha de dados são assim executados pelos recenseadores. A cada um deles é atribuída uma área geográfica bem definida e delimitada cartograficamente, designada por Secção estatística, contendo em média cerca de 300 alojamentos.

Cada unidade estatística (indivíduo, família, alojamento e edifício), é contada, tendo por referência o local onde se encontra ou se localiza no momento censitário (dia específico marcado); os dados recolhidos, em relação a cada caraterística, referem-se igualmente ao mesmo momento censitário.


 


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