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INE Nº12
WS
junho’ 2012
©
INE, Lisboa Portugal, 2012
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INEWS
INEWS
: Vale seguramente a pena. Porquê?
: Desde quando faz voluntariado e em que
atividades?
MM
ACS
: Acredito na necessidade de uma maior solidariedade social
e decidi dedicar algum tempo da minha vida para a exercer. Para
mim é gratificante poder dar continuidade a uma tradição
familiar de apoio a causas sociais. O meu retorno é a consciência
de estar a contribuir, embora com alcance limitado, para o maior
bem-estar e para a melhoria da qualidade de vida de pessoas que
realmente necessitam do nosso apoio.
: Tudo começou no fim dos anos 60, sem organização
formal. Um grupo de amigas inicia visitas a crianças e adultos
internados em hospitais. Eram visitas semanais, sempre aos
domingos ou feriados.
Seguiu-se o apoio a famílias carenciadas: recolha e distribuição
de bens alimentares, fruto de eventos organizados para recolha
de fundos.
Na década de 90, adesão a um movimento de solidariedade
social ligado à Igreja Católica. A missão principal: apoio
domiciliário a idosos. Visitas semanais.
Entre 2000 e 2001 aulas de português a emigrantes de leste, na
Freguesia de São Jorge de Arroios, em horário noturno, dois dias
por semana.
Gostaria de salientar a causa dos Bancos Alimentares. Desde
1994 que faço parte dos seus voluntários participando nas
campanhas de recolha de alimentos. Esta experiência teve início
num pequeno supermercado, fazendo a recolha quase na rua.
Hoje, integro uma equipa responsável pela recolha num grande
hipermercado, na periferia de Lisboa.
Ana Santos,
Sobre o Banco Alimentar Contra a Fome
: Um ato de solidariedade e um compromisso com os que
mais precisam, quer a nível humano quer a nível económico.
Tudo começou com um apelo cristão: "sair" e dar-me aos outros.
Ser voluntário de proximidade, estar com o outro, é uma forma
de estar que tem tido grande importância na minha vida.
Os Bancos Alimentares são uma resposta a um flagelo
nacional: a luta contra a fome.
Recolhem e distribuem milhares de toneladas de produtos
alimentares, por quemmais precisa.
Como? Através da recolha dos excedentes da produção
agroalimentar, da grande distribuição e dos donativos
particulares, recolhidos nas campanhas de maio e
dezembro, realizadas nos supermercados, por todo o país.
A distribuição dos alimentos é feita através de instituições
locais que, no terreno, conhecem e apoiam pessoas em
situação de pobreza ou de grandes dificuldades.
INEWS
: O que é para si o voluntariado?
ACS
Ana Cardoso Santos
é técnica superior
no INE, casada e mãe. Há muitos anos
que iniciou a sua dedicação a diferentes
causas sociais.
contributos do INE e das pessoas que nele trabalham