Revista Eletrónica do INE - abril/junho de 2025

90 91 INEWS – CADERNO ESPECIAL A revista do INE INEWS – CADERNO ESPECIAL A revista do INE verificou-se um aumento na procura e construção de novos fogos, eventualmente, refletindo outras dinâmicas, como o mercado imobiliário e a reconfiguração dos agregados familiares. > As regiões NUTS III com menor crescimento no número de fogos licenciados entre 2011 e 2023 foram o Alto Alentejo (2,3%), o Baixo Alentejo (2,4%) e Beiras e Serra da Estrela (2,7%). Este fraco dinamismo construtivo reflete a tendência de acentuado decréscimo populacional nestas regiões no mesmo período, com quebras de -12,2%, -8,6% e -11,1%, respetivamente. > Na análise por municípios, observa-se que Lagoa, São Roque do Pico e Madalena, (Região Autónoma dos Açores), apresentaram a maior dinâmica construtiva potencial, com variações de 16,1%, 14,9% e 14,1%, respetivamente. Também os municípios do Porto e de Vizela (Região Norte) evidenciaram uma dinâmica construtiva significativa, com taxas de 13,6% e 13,4%, respetivamente, refletindo a crescente procura habitacional impulsionada pelo aumento da população residente, que cresceu 4,7% no Porto e 3,3% em Vizela. > Em contraste, os municípios de Fronteira (0,8%), Marvão e Guarda (ambos com 1,2%) registaram os menores índices de crescimento no número de fogos licenciados. Estes valores acompanham uma tendência de decréscimo populacional nos respetivos municípios durante o mesmo período (-12,8%, -5,9% e -13,9%, respetivamente). > Entre 2011 e 2023, o licenciamento de obras em Portugal registou uma ligeira tendência decrescente no número de edifícios e de pisos, com taxas médias de crescimento anual de -0,6% e -0,5%, respetivamente. No mesmo período, o total de edifícios e de pisos licenciados foi de 261,2 mil e 419,8 mil, pela mesma ordem. Para esta diminuição contribuíram a maioria das regiões, com a exceção da Península de Setúbal, Grande Lisboa e Região Autónoma da Madeira, onde o licenciamento de edifícios e de pisos registaram taxas médias de crescimento anual positivas (5,5% e 6,2%, 1,3% e 2,0% e 0,9% e 1,6%, respetivamente). Pelo contrário, os licenciamentos urbanísticos em Portugal registaram um aumento do número de fogos, divisões, área total e área habitável, com crescimentos médios anuais de 3,6%, 2,9%, 0,4% e 0,3%, respetivamente. As regiões da Península de Setúbal, da Região Autónoma da Madeira e do Norte destacaram-se com as maiores taxas médias de crescimento anual do número de fogos, nomeadamente de 8,1%, 6,5% e 6,1%, pela mesma ordem. > A construção nova foi o tipo de obra predominantemente licenciada em Portugal na maioria dos anos entre 2011 e 2023. A única exceção ocorreu entre 2012 e 2014, período em que, no conjunto, as obras de reabilitação do edificado (alterações, ampliações e reconstruções) superaram os licenciamentos para construção nova. No total, as obras de reabilitação registaram uma trajetória de crescimento entre 2011 e 2012, ano em que atingiram o valor mais elevado do período analisado, com 60,2 licenças por cada 100 construções novas. Em 2023, este indicador situava-se nos 30,3. Sobre a pressão construtiva > A análise da pressão construtiva no continente português entre 2011 e 2023 apresentou padrões territoriais bem diferenciados, revelando uma dinâmica territorial marcada por fortes assimetrias, tanto ao nível da pressão em área construída como da pressão em altura. > Os valores mais elevados no eixo da área construída observaram-se, com grande destaque, na Área Metropolitana do Porto e na Grande Lisboa, reflexo de um crescimento urbano contínuo, e com significativa expansão em área construída. A par destas, o Algarve, a Península de Setúbal e o Cávado apresentaram igualmente valores positivos, embora com menor expressão. > No eixo da altura, indicador associado a uma maior densidade em edificação, destacaram-se sobretudo algumas regiões fora dos maiores centros urbanos, como o Alentejo Litoral, o Baixo Alentejo, Terras de Trás-os-Montes e o Médio Tejo que revelaram valores positivos, sugerindo dinâmicas localizadas de verticalização. Em sentido oposto, as regiões do Alto Minho, da Grande Lisboa e da Beira Baixa registaram os valores mais negativos na pressão em altura, indicando padrões construtivos mais dispersos e horizontais. Desporto em números 2024 Inclui a dimensão social e económica Disponibiliza informação relevante baseada num conjunto de indicadores sobre o desporto em Portugal, obtidos a partir de diversas fontes: operações estatísticas do INE e dados de natureza administrativa provenientes, nomeadamente, da Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência e do Instituto Português de Desporto e Juventude, I.P. Apresentada em formato bilingue (português/ inglês), a informação abrange o período de 2019 a 2024, encontrando-se organizada em oito capítulos temáticos que cruzam a dimensão social e económica do desporto: Ensino desportivo | Emprego desportivo | Empresas do setor desportivo | Remuneração bruta mensal média por trabalhador no setor desportivo | Comércio internacional de bens desportivos| Índice de preços no consumidor de bens e serviços desportivos | Financiamento público das atividades desportivas | Desporto federado. 2024 DESPORTO EM NÚMEROS EDIÇÃO EDITION 2025 SPORT IN NUMBERS

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