2022 Edition 44 Mais informação: Síntese Económica de Conjuntura – julho de 2022 18 de agosto de 2022 Investimento O indicador de Formação Bruta de Capital Fixo abrandou em junho, após ter acelerado nos dois meses anteriores. Para esta evolução contribuíram: • De forma determinante, a componente “Máquinas e Equipamentos”, cujo contributo havia sido positivo e significativo no mês precedente; • A componente “Material de transporte”, sendo o seu contributo ligeiramente mais negativo que o verificado em maio; • A componente“Construção”, que mitigou o abrandamento por via de um contributo positivo superior ao verificado no mês precedente. Procura externa Em junho de 2022, as exportações e as importações de bens registaram variações homólogas nominais de 37,1% e 41,6%, respetivamente (40,7% e 45,0%, pela mesma ordem, em maio de 2022). As variações em valor das exportações e importações de bens refletem aumentos significativos nos respetivos preços. Oaumentomais expressivo dos preços implícitos das importações de bens comparativamente às exportações de bens traduz perdas dos termos de troca, que se têm agravado nos últimos meses, devido sobretudo aos preços dos bens energéticos, contribuindo para a deterioração do saldo externo de bens. Mercado de trabalho No 2.º trimestre de 2022: • A taxa de desemprego fixou-se em 5,7%, menos 0,2 e 1,0 p.p. que as observadas nos trimestres anterior e homólogo, respetivamente; • O emprego total manteve-se praticamente inalterado face ao trimestre anterior e aumentou 1,9% em termos homólogos; • A remuneração bruta total mensal aumentou 3,1% em relação ao 2.º trimestre de 2021, atingindo os 1 439 euros; • Em termos reais, tendo como referência a variação do IPC, a remuneração bruta total diminuiu 4,6%. Preços Em julho de 2022, em termos homólogos: • O Índice de Preços na Produção da Indústria Transformadora cresceu 26,1% (25,6% no mês antecedente), o valor mais elevado da atual série; • A variação do Índice de Preços no Consumidor (IPC) atingiu a taxa mais elevada desde dezembro de 1992: 9,1% (+8,7 no mês anterior); • O indicador de inflação subjacente (IPC total excluindo bens energéticos e alimentares não transformados) registou uma variação de 6,2% (6,0% em junho), a mais elevada desde abril de 1994; • O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor, cuja estrutura de ponderação difere da do IPC por incluir a despesa de não residentes no país e excluir a despesa de residentes no exterior, apresentou uma variação de 9,4% (+9,0% no mês anterior), a taxa mais elevada desde o início da série, em 1996. O destaque a partir do qual foi elaborada esta síntese baseou-se na informação disponível até 17 de agosto de 2022.
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